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Flávio Dino deixa PCdoB e deve se filiar ao PSB
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Flávio Dino deixa PCdoB e deve se filiar ao PSB

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Governador do Maranhão, Flávio Dino confirmou ontem que está de malas prontas para deixar o PCdoB, partido pelo qual se elegeu para o Executivo. Convidado da estreia do programa Jogo Político, do O POVO, Dino já havia sinalizado que deixaria a sigla.

"Informo que pedi desfiliação ao PCdoB. Desejo êxito ao partido na sua caminhada em defesa de uma pátria livre e justa", anunciou Dino nas redes sociais.

Em seguida, voltou a citar a possibilidade de composição de "uma grande frente da esperança" como um "vetor decisivo para um novo ciclo de conquistas sociais para o Brasil".

"A tal tarefa seguirei me dedicando", acrescentou, que agradeceu à legenda "nesses 15 anos de militância".

'Diferenças que hoje temos", concluiu, "de estratégia e tática políticas, são menos importantes do que o meu reconhecimento ao papel histórico do partido na defesa de um novo projeto nacional de desenvolvimento para o Brasil".

O destino partidário de Dino não foi confirmado, mas o governador deve se mudar para o PSB, sigla à qual se filiou na semana passada o deputado federal Marcelo Freixo, ex-Psol.

Também ao Jogo Político, apresentado na última terça-feira, 15, o governador havia afirmado que mantém conversas com todas as forças, mas estabelece diálogo mais afinado, neste momento, com o ex-presidente Lula, do PT.

Dentro do partido, a intenção é aproximar PSB e outras legendas de esquerda e de centro-esquerda para a esfera de influência do petista. Os movimentos de Dino e Freixo fazem parte dessa estratégia.

O PSB, porém, era uma das forças com as quais o pedetista Ciro Gomes contava como parceiro para uma composição mais ampla em 2022. A ida de Dino e de Freixo para a agremiação, contudo, pode colocar um freio nesse movimento.

Deputado federal pelo PT, José Guimarães aposta que, para o ano que vem, a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro (sem partido) deve preponderar.

"Essa história de 3ª via, que foi tema dessa reunião de ontem (quarta-feira) em Brasília, é um encontro dos perdidos. Não se cria candidatura de uma hora para outra", avalia.

Antes cotado como presidenciável, Dino pode concorrer ao Senado com apoio do PT de Lula, numa aliança que também pretende fazer o seu sucessor no Maranhão. (Henrique Araújo)

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