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Atos contra Bolsonaro no Ceará devem ocorrer em Fortaleza e mais 10 cidades
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Atos contra Bolsonaro no Ceará devem ocorrer em Fortaleza e mais 10 cidades

As principais pautas seguem as mesmas dos protestos realizados no último dia 29 como o impeachment de Bolsonaro e a celeridade da vacinação
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MANIFESTANTES vão voltar às ruas para criticar postura de Jair Bolsonaro no combate à pandemia (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA MANIFESTANTES vão voltar às ruas para criticar postura de Jair Bolsonaro no combate à pandemia

Novos protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estão marcados para ocorrer em mais de 300 cidades do Brasil, neste sábado, 19. Puxados por movimentos sociais e frentes sindicais, os atos devem ocorrer em pelo menos 11 municípios cearenses segundo levantamento da Central de Mídia das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Em Fortaleza, um ato de rua está prevista para ocorrer na Praça da Gentilândia e uma carreata será realizada na avenida Leste Oeste. As principais pautas seguem as mesmas dos protestos realizados no último dia 29 de maio, dentre elas o impeachment de Bolsonaro, a defesa da celeridade no processo de vacinação e a volta do auxílio emergencial de R$ 600 durante a pandemia de Covid-19.

Lista de cidades cearenses onde devem ocorrer atos:

- Brejo Santo 
- Caucaia
- Crato
- Fortaleza 
- Iguatu
- Limoeiro do Norte 
- Maracanaú
- Russas 
- Sobral
- Tauá
- Tianguá

Organizadores têm feito campanhas para que manifestantes mantenham o distanciamento social, utilizem máscaras PFF2 e álcool em gel durante todo o protesto. No último dia 29, aglomerações foram registradas nas principais capitais brasileiras, ainda que a maioria dos manifestantes utilizassem equipamentos de proteção sanitária.

Em publicação no Twitter na última quinta-feira, 17, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse não ter decidido ainda sobre sua presença nas manifestações de sábado pelo País. “Não quero transformar um ato político em um ato eleitoral. Não quero os meios de comunicação explorando isso como o Lula se apropriando de uma manifestação convocada pela sociedade brasileira”, disse.

 

 

O atos de rua contra Jair Bolsonaro marcados para este sábado ganharam caráter mais partidário e pró-Lula em relação às manifestações que ocorreram em maio. Esse movimento ficou explícito após o PT aderir oficialmente aos protestos de rua - no qual prometeu se juntar aos movimentos sociais "no apoio e participação" - e na possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ir ao evento em São Paulo.

Em publicação nas redes sociais, Lula cogitou ir ao protesto. "Eu ainda não sei se vou na manifestação. Tenho uma preocupação. Não quero transformar um ato político em um ato eleitoral. Não quero os meios de comunicação explorando isso como o Lula se apropriando de uma manifestação convocada pela sociedade brasileira", escreveu o ex-presidente.

Outros partidos de esquerda apoiam os atos, entre eles Psol e PCdoB. A manifestação de hoje ocorre ainda em meio à pandemia de Covid-19 e no momento em que o País se aproxima das 500 mil mortes pela doença. Na manifestação de maio, o receio de gerar aglomerações dividiu a oposição, ainda que os organizadores recomendassem o uso de máscara e álcool em gel.

A possibilidade de Lula ir à manifestação gerou reações dos demais líderes do movimento. Os atos foram convocados pela Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, Coalizão Negra por Direitos e por seis centrais sindicais.

Segundo os organizadores, estão confirmados atos em mais de 400 cidades dos 27 Estados. "Nós não vamos bloqueá-lo, mas a presença do Lula não pegaria bem", disse o sindicalista Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e presidente do PDT paulistano.

Aliado de Ciro Gomes, que é pré-candidato do PDT à Presidência, ele afirmou que seu partido não aderiu institucionalmente aos atos, mas liberou a militância a participar. Ciro não estará presente. "Acho que a decisão mais correta seria o Lula não ir. A ida do ex-presidente causaria uma aglomeração inevitável. Seria ruim. Ele contribuiria mais não indo", disse o líder da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, que faz parte do comitê dos atos.

Procurada, a assessoria do ex-presidente Lula deixou em aberto se ele iria ou não ao evento na Avenida Paulista, o que deixou os organizadores apreensivos. Se o petista decidir ir de última hora, isso causaria dificuldades logística para os organizadores, já que não foi programado nenhum esquema especial de segurança para recebê-lo. Ou seja: haveria aglomeração e risco de segurança. 

 

 

 

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