A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrou mais uma vez que a CPI da Covid se manifeste sobre o pedido de quebra dos sigilos fiscal e bancário do empresário José Alves Filho. Alvo do grupo, ele é sócio da Vitamedic, empresa responsável pela produção de ivermectina - um dos remédios do chamado "tratamento precoce".
Enviado na última quinta-feira, 1º, este foi o segundo ofício de Rosa Weber para o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), sobre o tema. Ela já havia enviado comunicação semelhante em 22 de junho, mas desta vez reforçou a mensagem como "urgente", com prazo de resposta de 48 horas.
O pedido de quebra de sigilos do empresário foi apresentado pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e aprovado pela CPI em 16 de junho.
A medida segue uma das linhas de apuração do grupo, que apura possível favorecimento de empresas e laboratórios pela defesa do tratamento precoce encampada pelo governo Jair Bolsonaro e associações médicas diversas.
A defesa de José Alves Filho, no entanto, tenta impedir a divulgação dos documentos em ação no STF. Segundo mandado de segurança protocolado na Corte, a medida não foi corretamente fundamentada pelos senadores e viola direitos do empresário.
Rosa Weber, no entanto, pede que a CPI da Covid se manifeste no processo antes de tomar qualquer decisão no caso. Outra tentativa de barrar decisão semelhante, protocolada pela Precisa Medicamentos, já foi rejeitada pela ministra. A empresa é acusada de envolvimento em suposta fraude na compra da vacina indiana Covaxin pelo Governo Federal. (Agência Estado)