A cantora carioca Teresa Cristina participou, nesta terça-feira, 13, de entrevista ao programa Jogo Político. Em respostas ao jornalista Ítalo Coriolano, a artista do samba, conhecida como "rainha das lives", ressaltou críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro e descartou considerar uma terceira via.
“Neste desmonte que está acontecendo no Brasil, a gente não pode se dar ao luxo de falar ‘não é bem assim, vamos procurar outra alternativa’. Uma terceira via que tem 10% de intenção de voto? Para mim, a alternativa é tirar o Bolsonaro do poder”, disse a artista. Segundo ela, o presidente, por meio de uma “milícia digital”, está perdendo apoio e já indica que deve dificultar a eleição para a sucessão presidencial.
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A sambista avaliou que a população “não pode brincar com o bolsonarismo”, e que a prioridade é o apoio à eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas últimas pesquisas de intenção para a corrida presidencial em 2022. “Depois que a democracia estiver estabelecida, a gente vai tentar reconstruir esse país que está aí”, concluiu a artista.
Sobre sua relação com o samba, a cantora disse haver uma interação indissociável entre música e política. “Eu acho que uma coisa está dentro da outra. O samba nasceu de uma contestação, o samba é a contestação e o samba é político até mesmo quando ele não fala de política”, destacou Teresa Cristina.
Eleita cantora do ano em 2020 pela Associação Paulista de Críticos de Arte, Cristina questionou artistas que não se comovem com o atraso da vacinação no Brasil. Porém, ela se considerou orgulhosa pela manifestação política de diversos colegas da música. “A política é o nosso dia a dia. A gente não é artista só para falar coisa bonitinha”, disse.