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CPI quebra sigilo fiscal de Wassef e Ricardo Barros
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CPI quebra sigilo fiscal de Wassef e Ricardo Barros

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Frederick Wassef atuou como advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: AFP)
Foto: AFP Frederick Wassef atuou como advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro

A CPI da Covid aprovou ontem pedido de quebra de sigilo fiscal do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara. O colegiado vai requerer os dados à Receita Federal, assim como informações sobre investigações que envolvam o parlamentar no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Contas da União (TCU).

Também ontem, os senadores também deram aval a um requerimento que quebra o sigilo fiscal de Frederick Wassef, que se apresenta como advogado do presidente e sua família.

Wassef se tornou amplamente conhecido após a Polícia Federal encontrar e prender Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro acusado de comandar um esquema de rachadinha para o parlamentar quando ele era deputado estadual pelo Rio, em uma propriedade sua na cidade de Atibaia, em junho de 2020.

Em ambos os casos - Wassef e Barros -, as informações precisarão ser fornecidas pela Receita Federal, com dados de empresas em que o advogado e o deputado possam ter participação.

O autor do pedido de quebra de sigilo de Wassef foi o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). Ele afirmou que, a partir dos depoimentos colhidos até o momento na comissão, foram interrelacionados comportamentos, transferências monetárias e ligações societárias entre diversas empresas e pessoas. Na lista apresentada pelo senador estão nomes como de Wassef e Francisco Maximiano, um dos sócios da Precisa Medicamentos, investigada pela negociação da vacina indiana Covaxin com o governo federal, que prestou depoimento ontem.

Ricardo Barros entrou com um mandado de segurança no STF para tentar anular a quebra dos sigilos. A defesa do deputado usa dois argumentos: afirma que a CPI não tem o poder de quebrar sigilo de um deputado federal e defende que a medida não foi devidamente fundamentada. (Agência Estado)

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