De passagem por seis estados do Nordeste, o ex-presidente Lula reúne aliados, entre eles governadores da região, mas também potenciais parceiros para 2022. Em Pernambuco, por exemplo, sentou-se à mesma mesa do governador Paulo Câmara e do prefeito do Recife, João Campos, ambos do PSB.
A intenção, segundo o deputado José Guimarães (PT), é desatar alguns nós que possam criar dificuldades para futuras composições, principalmente nas disputas do ano que vem.
“Em Pernambuco, a reunião mais importante foi com o governador e o prefeito do Recife, o comando do PSB. Em Teresina, Lula reuniu, além do governador (Wellington Dias, do PT), cinco partidos: MDB, PSD, PSB, PCdoB e Psol”, contabiliza Guimarães, que o acompanhava na agenda.
Já no Ceará para encaminhar a visita de Lula ao estado, o parlamentar antecipa que a tônica das conversas tem sido em torno do desenvolvimento regional, de uma agenda anti-Bolsonaro e da formação de palanques estaduais.
Nesse ponto, o ex-presidente deve ter dificuldades para desatar o cenário local, no qual o governador do Estado, Camilo Santana (PT), defende aliança com o PDT de Ciro Gomes, cujas críticas incisivas incomodam setores do PT.
Lula tem dois momentos com Camilo: um já na sexta-feira, em jantar com o governador, e outro no sábado, quando visitam o Porto do Pecém. Do estado, o petista segue para o Rio Grande do Norte e depois Bahia, onde encerra a caravana.