Foi como Bolsonaro reagiu à ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para operação policial contra aliados, realizada no âmbito do inquérito que apura disseminação de fake news. "Acabou, porra! Me desculpem o desabafo. Acabou! Não dá para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais"
A revista Piauí publicou bastidores de reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e ministros na qual o chefe do Executivo admitiu intenção de enviar tropas do Exército para o STF. Na opinião dele, o Supremo estava desrespeitando sua autoridade. "Vou intervir", teria dito Bolsonaro, deppois que o então ministro do STF, Celso de Mello pediu parecer à Procuradoria-Geral da República em ação que pedia apreensão dos celulares dele e do filho, vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Após passeio de moto com simpatizantes em Porto Alegre (RS), o presidente afirmou que "beira a pedofilia" a defesa do ministro do STF Luís Roberto Barroso, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela redução da idade em que uma pessoa é compreendida como vulnerável, atualmente de 14 anos. Porém, a afirmação é falsa. O ministro votou pelo prosseguimento de ação penal contra jovem de 18 anos que manteve relação sexual com adolescente de 13 anos.
O presidente acusou Barroso de ser contra o voto impresso para favorecer o possível candidato do PT em 2022, Lula da Silva (PT), solto após votação no STF sobre a prisão em segunda instância. Com o entendimento reformulado, se assegurou liberdade ao réu até o trânsito em julgado - quando se esgotam os recursos. Detalhe: Barroso votou contra, ou seja, Lula estaria ainda preso se dependesse apenas do voto dele.