Mesmo após feito por Jair Bolsonaro (sem partido) para evitar uma crise de desabastecimento no País, caminhoneiros mantiveram ontem a mobilização iniciada no dia 7 de Setembro com obstrução de rodovias em ao menos 14 Estados.
Em reunião com o presidente e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, organizadores dos atos disseram que iriam continuar mobilizados até serem recebidos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). A atitude dos caminhoneiros causou constrangimento ao governo.
A intenção do grupo é pressionar Pacheco a abrir processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ontem, Bolsonaro divulgou nota na qual recua dos ataques a Moraes e elogia o ministro.
"Estamos aguardando sermos recebidos pelo senador Rodrigo Pacheco. Até que isso seja realizado estamos mobilizados em todo o Brasil", afirmou Francisco Dalmora Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro. Procurado, o presidente do Senado não respondeu se receberia o grupo.
Em 'live' ontem, Bolsonaro afirmou que os caminhoneiros fizeram "uma coisa fantástica", mas se o movimento não acabar até domingo o País terá problema de desabastecimento.
Em vídeo divulgado ontem, um dos líderes dos protestos, o caminhoneiro Zé Trovão, tentou dissociar os atos com a defesa do presidente. Foragido no México, ele segue dando orientações a manifestantes pelas redes sociais. (Agência Estado) (leia mais em ECONOMIA, página 11)