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Filho de Bolsonaro mostra armas em vídeo e provoca CPI
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Filho de Bolsonaro mostra armas em vídeo e provoca CPI

| Redes sociais | Jair Renan publicou imagens no Instagram na manhã de ontem e senador quer convocá-lo para depor
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O quarto filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou seu perfil no Instagram nesta segunda-feira, 20, para provocar a CPI da Covid, mostrando uma imagem com cerca de 10 armas. "Aloooo CPI kkkkk", escreveu Jair Renan Bolsonaro.

A provocação gerou uma reação do senador Rogério Carvalho (PT-SE), suplente da CPI da Covid, no Senado. O parlamentar afirmou em sua rede social que vai levantar uma questão de ordem na CPI contra a provocação.

"Nós não estamos de brincadeira, e não vamos aceitar ameaças veladas. Já chega de molecagem com incitação à violência", afirmou.

Em dois "stories", o filho do presidente relata estar visitando a loja de "um grande amigo". "Sabe o que o cara vende? Arma. Brinquedo", disse, aos risos. Ao mostrar a imagem do amigo, ele escreveu "Alooo CPI kkkk" e identificou a loja pelo nome.

Jair Renan é filho de Bolsonaro e da advogada Ana Cristina Valle. Na semana passada, a CPI aprovou requerimento para convocação da mãe de Jair Renan.

O motivo é a relação dela com o advogado Marconny Albernaz Faria, investigado sob suspeita de ter atuado como lobista da Precisa Medicamentos - a empresa fechou contrato bilionário com o Ministério da Saúde para vender vacinas. O depoimento ainda não foi marcado.

Após a divulgação do vídeo do filho do presidente, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou um requerimento para convocar Jair Renan para depor à CPI. Vieira quer que Renan esclareça a relação com o lobista Marconny Faria e uma suposta ameaça a parlamentares.

"A lei vale para todos", disse o senador do Cidadania de Sergipe ao anunciar o requerimento. O pedido deve ser avaliado pelos demais integrantes da comissão parlamentar. Os senadores devem nesta terça-feira, 21, uma série de solicitações na reunião do colegiado.

Ontem, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) adiou a entrega do relatório final da CPI da Covid para a próxima semana. O relator da investigação havia anunciado a entrega até o próximo dia 24. Novas linhas de investigação na reta final da CPI, no entanto, adiaram a conclusão.

Os parlamentares querem coletar mais informações sobre empresas ligadas a lobistas que negociaram com o Ministério da Saúde. Além disso, os senadores defendem uma apuração mais aprofundada sobre a atuação da Prevent Senior com o uso de medicamentos em pacientes.

A CPI também pôs no radar uma nova convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Seria o terceiro depoimento do chefe da pasta. O ministro é um das autoridades formalmente investigadas pela comissão e poderá ser responsabilizado no relatório de Renan em função da gestão à frente do ministério.

Na semana passada, o ministro atribuiu ao presidente Jair Bolsonaro a orientação para rever a vacinação de adolescentes. Alessandro Vieira também apresentou um requerimento de convocação de Queiroga para explicar a suspensão de vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades e o planejamento de imunização para 2022. (Agência Estado)

Hoje II

No entanto o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), já avisou que vai cobrar de Rosário explicações sobre a suposta omissão da CGU em negociações irregulares no Ministério da Saúde

Hoje I

A CPI ouve hoje o ministro da CGU, Wagner Rosário. Pelo requerimento do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), ele deveria falar de investigações sobre desvio de recursos liberados para estados e municípios

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