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Pela segunda semana consecutiva, CPI do Motim não tem sessão
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Pela segunda semana consecutiva, CPI do Motim não tem sessão

Via assessoria, o deputado Elmano de Freitas (PT), relator da CPI, informou que o motivo pelo qual a sessão não ocorreu foi: "trabalhos internos"
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COMISSÃO foi instalada em agosto de 2021 na AL-CE (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR COMISSÃO foi instalada em agosto de 2021 na AL-CE

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Motim da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) não teve sessão pública ontem. Com previsão de reuniões sempre às terças-feiras, esta foi a segunda semana consecutiva sem encontros dos deputados membros do colegiado que investiga repasses às associações de policiais e bombeiros militares e atuação dessas entidades durante o motim da Polícia Militar ocorrido em fevereiro de 2020.

Questionado pelo O POVO sobre o motivo pelo qual a sessão desta terça-feira não ocorreu, o presidente da Comissão, deputado Salmito Filho (PDT) informou que “não teve reunião pública da CPI para deliberar matéria porque não teve matéria protocolada por nenhum deputado membro da mesma”. Via assessoria, o deputado Elmano de Freitas (PT), relator da CPI, informou que o motivo pelo qual a sessão não ocorreu foi: “trabalhos internos”.

O POVO também perguntou ao presidente da Comissão se há previsão de próximos passos ou divulgação de convocados nas próximas semanas e aguarda resposta.

A última sessão da CPI do Motim, ocorrida no dia 14 de setembro, foi marcada por uma discussão entre Elmano de Freitas e o deputado Soldado Noelio (Pros), único membro da oposição ao governo estadual com cadeira no colegiado. Na ocasião, os parlamentares trocaram acusações, com direito a bate-boca, e chamaram um ao outro de “mentiroso”.

Instalada há pouco mais de um mês, a investigação tem duração inicial de 120 dias, com possibilidade de prorrogação, e já aprovou requerimentos na primeira sessão, ainda em agosto. Um deles solicitou à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) os relatórios de repasses financeiros realizados para associações de policiais e bombeiros militares do Estado.

Outro requerimento demandou os dados financeiros dessas entidades desde 2010 até 2021, período que engloba os motins de agentes de segurança de 2012 e 2020 ocorridos no Ceará.

A abertura da CPI tem como base uma reportagem do O POVO publicada no dia 9 de agosto. O material revelou uma ordem da Justiça para quebra de sigilos fiscal e bancário, de pessoas físicas e jurídicas, em apuração sobre o motim de 2020. Protocolada ainda em fevereiro do ano passado pelo deputado Romeu Aldigueri (PDT), o pedido contou com assinaturas de 31 parlamentares.

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