A CPI da Covid ainda não se encerrou, mas já está antevendo os próximos passos. Um deles prevê a criação de um grupo para acompanhar os desdobramentos do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), a ser apresentado na próxima quarta, 20. A intenção é instituir um grupo que possa, por exemplo, fiscalizar o trâmite dos pedidos de indiciamento, feitos à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Renan já antecipou que deve pedir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro, do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e outros auxiliares do governo. É o caso, por exemplo, do ex-ministro Eduardo Pazuello, que deve ser responsabilizado no documento, que tem leitura marcada para o dia 19. Até agora, pelo menos 37 pessoas são alvo de investigação da CPI. Entre eles, estão a secretária Mayra Pinheiro, a médica Nise Hitomi Yamaguchi, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), o ex-secretário Fábio Wajngarten, o empresário Otavio Fakhoury e o ex-chanceler Ernesto Araújo.
Nem todos os investigados, porém, devem necessariamente virar alvo de pedido indiciamento pelo relator da CPI. (HA)