O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não afastou a possibilidade de ser vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para Presidência da República em 2022 e afirmou não ter "diferenças intransponíveis" com o petista.
Adversário histórico do PT, tendo disputado eleição contra o próprio Lula, Alckmin tem sido cortejado pelo partido para formar uma dupla com o ex-presidente nas urnas.
"Já disseram que eu vou ser candidato ao Senado, a governador, a vice-presidente. Vamos ouvir. Fico muito honrado da lembrança do meu nome", afirmou a jornalistas após participar com o presidenciável Ciro Gomes (PDT) de uma gravação do reality "O Político", criado pelo ex-governador de SP Márcio França (PSB). Alckmin destacou que Lula tem apreço pela democracia e que é o momento de amadurecer conversas.
"A política precisa ser feita com civilidade. É preciso resgatar a boa política. Tem que ser feita com quem tem apreço com a democracia. [...] Mas é claro que [Lula] tem [apreço pela democracia], não só ele. É óbvio", afirmou.
De saída do PSDB, Alckmin negocia ingresso no PSD e no PSB, partido pelo qual seria vice de Lula. O ex-governador também dialoga com o União Brasil.
Alckmin ainda pavimenta a ideia de concorrer ao governo do Estado novamente em 2022. Em tom de mistério sobre o futuro político, ele disse que a decisão será tomada e anunciada em breve. (Agência Estado)