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Moro rebate Bolsonaro e diz que "todo mundo sabe quem é quem nessa história"
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Moro rebate Bolsonaro e diz que "todo mundo sabe quem é quem nessa história"

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O presidenciável e ex-juiz Sergio Moro (Podemos) rebateu as acusações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite de quinta-feira, 2, em sua tradicional transmissão semanal pelas redes sociais. O ex-ministro da Justiça reforçou a acusação de que o chefe do Executivo teria comemorado a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da prisão e defendeu, citando seu compromisso com a população brasileira, o restabelecimento da execução em segunda instância no País.

"Não quero entrar em briguinhas, ofender, mas todo mundo sabe quem é quem nessa história e quem defende as coisas certas", disse Moro, em entrevista na manhã de ontem à Rádio Jornal do Comércio do Recife. Ao ser chamado por Bolsonaro de mentiroso e sem caráter, o ex-juiz afirmou que não vai fazer acusações pessoais. Para ele, focar em xingamentos e não em programas políticos é "menosprezar a inteligência da população brasileira".

Tentando pregar a convergência entre os políticos, distanciando-se da postura de Bolsonaro, Moro diz que não quer transformar uma discussão sobre o País em brigas pessoais. "Não vamos agredir as pessoas, não vamos ofender as pessoas, por mais que a gente discorde delas."

O ex-ministro manteve as acusações de que Bolsonaro teria comemorado a soltura de Lula e que um ministro do governo teria conversado com ele, a mando de Bolsonaro, para que não se trabalhasse para a execução em segunda instância. Sem citar nomes, Moro afirmou que, se o ministro não tiver a intenção de mentir para defender o presidente, não irá negar o relato.

Em meio às especulações da construção de uma chapa para a Presidência em 2022, Moro admitiu ter procurado o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. Segundo Moro, eles estão conversando, mas o ex-juiz ponderou que "ainda é muito cedo para essas questões de posições, de eventual candidatura".

Na visão de Moro, Barbosa é um "grande quadro brasileiro". Ele disse ter procurado o jurista para ouvir suas ideias para o Brasil. "Temos que trazer para esse projeto, seja para participar ativamente, ou seja para colaborar para o projeto, os melhores quadros do País", declarou o ex-juiz, na entrevista.

Questionado sobre seu posicionamento em um possível segundo turno entre Lula e Bolsonaro nas eleições de 2022, Moro afirmou que o "eleitor vai ter outras alternativas". "Não acredito que o futuro do Brasil seja tão trágico", disse.

"O brasileiro não pode ser forçado a escolher entre um governo no qual houve os dois maiores casos de corrupção da história e que acabou em corrupção e o governo atual da 'rachadinha' e de nova recessão", afirmou. (Agência Estado)

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