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Quais as avaliações de Sarto em Fortaleza e de Camilo e Bolsonaro no Ceará
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Quais as avaliações de Sarto em Fortaleza e de Camilo e Bolsonaro no Ceará

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O prefeito José Sarto (PDT) chega ao fim do primeiro ano de mandato. O governador Camilo Santana (PT) está no sétimo, e prestes a provavelmente se desincompatibilizar, com a renúncia até abril para ser candidato a senador. O presidente Jair Bolsonaro (PL) termina seu terceiro ano com perspectiva de tentar a reeleição. Pesquisa do instituto Opnus, feita em parceria com O POVO, avaliou o desempenho dos governantes dos três níveis de poder nos respectivos momentos das administrações.

Com menos tempo no cargo, Sarto divide a opinião dos fortalezenses, de acordo com a pesquisa. Ele tem 49% de aprovação e 45% de desaprovação. Houve ainda 5% dos pesquisados que não souberam ou não quiseram responder.

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Quando os entrevistados foram questionados sobre a forma como classificam o governo José Sarto até agora, a avaliação que mais se repetiu foi regular, com 42%. Houve ainda 6% que consideraram a administração ótima, 18% que afirmam ser boa, 12% que consideram ruim e 18%, péssima. A soma de ótimo e bom é de 24%. Ruim e péssimo somam 30%. Houve 3% que não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa foi realizada de 4 a 11 de dezembro. Foram feitas entrevistas presenciais domiciliares com 600 pessoas de Fortaleza. A margem de erro na pesquisa sobre a Capital é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

Considerada a margem de erro, há empate técnico entre a aprovação de Sarto, de 49%, e a desaprovação, de 45%.

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Sobre a divisão presente na avaliação sobre o prefeito, o diretor executivo do Instituto Opnus, Marciano Girão da Silva, considera que é a continuidade do que se deu na eleição, com segundo turno apertado entre Sarto e o deputado federal Capitão Wagner (Pros). "A eleição foi assim", relembra.

"Sarto está saindo de uma eleição que não necessariamente acabou. Muitos desses personagens da eleição de 2020 estão presentes no debate público. Cada vez mais presentes. A bancada de vereadores de oposição é mais ativa. Isso reflete na opinião pública", acrescenta Pedro Barbosa, responsável técnico pela pesquisa Opnus.

Ele aponta também que a pesquisa é ainda muito influenciada pelo impacto da pandemia. Essa pauta tinha perdido um pouco do peso, mas retornou com força em função da variante Ômicron e o temor de uma nova onda.

"Sarto ganhou a eleição, mas a oposição saiu grande também", ressalta Marciano Girão da Silva. Essa, ele explica, é a circunstância que a pesquisa mostra.

A aprovação de Sarto é melhor entre as mulheres — 54% de aprovação e 41% de desaprovação. Entre os homens, 44% aprovam e 50% desaprovam. A desaprovação é maior entre trabalhadores autônomos (54%). Entre os empregados, o índice é de 40%, de 46% entre desempregados e 41% entre os que não trabalham.

O resultado do prefeito é melhor entre os católicos (53% aprovam e 42% desaprovam). No segmento evangélico, a aprovação é de 46% e a desaprovação, 50%. No quesito renda, a maior aprovação é entre os que ganham mais de cinco salários mínimos: 59%. 

Avaliação de Camilo

Nos preparativos para se despedir do governo, Camilo Santana é aprovado por 78% da população, conforme o Opnus. A desaprovação do governador é de 18%. Não sabem e não responderam 4% dos entrevistados.

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Quando questionados sobre como avaliam a administração Camilo Santana, 21% consideraram o governo ótimo e 37% disseram que é bom. Avaliação regular foi feita por 27%. O governo é ruim para 3% e 7% o consideram péssimo. Houve 4% que disseram não saber ou não responderam. 

O Opnus ouviu 2.200 pessoas em 101 municípios do Ceará, entre os dias 4 e 11 de dezembro. A margem de erro na pesquisa com abrangência estadual é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Pedro Barbosa, responsável técnico pela pesquisa, cientista político pela Universidade de Brasília (UnB) e diretor de planejamento do Opnus, destaca que Camilo finaliza sete anos de mandato com boa avaliação. Ele ressalta que Camilo já vinha da reeleição com alta aprovação e o desempenho foi reforçado pela forma como o governador se portou no enfrentamento à pandemia.

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Ele aponta que a pesquisa é ainda muito influenciada pelo impacto da Covid-19. Segundo ele, o tema tinha perdido um pouco do peso, mas retornou com força em função da variante Ômicron e o temor de uma nova onda.

Assim como ocorre com Sarto, a aprovação de Camilo é menor entre trabalhadores autônomos: 72%, enquanto chega a 77% entre desempregados, 81% entre empregados e 82% entre os que não trabalham.

E, como também ocorre em relação ao prefeito da Capital, chama atenção a diferença de resultado entre católicos e evangélicos. No primeiro grupo, Camilo tem 82% de aprovação e 14% de desaprovação. Já entre evangélicos, a aprovação é de 67% e a desaprovação, 29%. 

O governador Camilo Santana sinaliza que deve se desincompatibilizar do cargo em abril, para concorrer a senador, e deixar o cargo para a vice-governadora Izolda Cela (PDT).

Avaliação de Bolsonaro no Ceará

Ao final do terceiro ano de mandato, o presidente Jair Bolsonaro não é bem avaliado pela maior parte da população do Ceará, de acordo com números da pesquisa Opnus. O presidente tem 25% de aprovação no Estado. A desaprovação alcança 73%. Há 2% que não sabem ou não responderam.

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Quanto à avaliação, há 6% que consideram o governo Bolsonaro ótimo e 11% consideram bom. A avaliação regular é feita por 21%. Há 12% que consideram o governo ruim. O conceito péssimo tem o maior percentual: 48%. Não sabem e não responderam 2% dos entrevistados.

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Bolsonaro tem aprovação melhor entre os homens do Ceará: 28% contra 21% entre as mulheres. A desaprovação é de 70% e 76%, respectivamente. O resultado é melhor também entre as pessoas de mais idade: 31% de aprovação entre os que têm mais de 60 anos. Entre os que têm até 24 anos, o número é de 23%. Já a desaprovação é de 66% e 76%, respectivamente.

Se Sarto e Camilo vão pior entre trabalhadores autônomos, Bolsonaro se sai um pouco melhor: 27% de aprovação. Entre os desempregados tem 25%, 24% entre os que não trabalham e 23% entre empregados.

O fator religioso faz variar bastante a avaliação de Bolsonaro. Entre evangélicos no Ceará, ele tem 39% de aprovação e 59% de desaprovação, bem melhor que a média geral. Entre católicos, os percentuais são de 77% a 21%.

O desemprenho do presidente é pior entre quem tem nível superior: 81% de reprovação e 17% de aprovação. Já entre aqueles que estudaram até ensino médio, ele tem 70% de reprovação e 27% de aprovação. 

Pesquisa

No Ceará, o Opnus ouviu 2.200 pessoas em 101 municípios, entre os dias 4 e 11 de dezembro. A margem de erro na pesquisa com abrangência estadual é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa sobre a avaliação de Sarto em Fortaleza ouviu 600 pessoas na Capital, entre 4 e 11 de dezembro. A margem de erro na pesquisa sobre Fortaleza é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

 

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