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Servidores da educação de Fortaleza decidem por paralisação a partir desta segunda
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Servidores da educação de Fortaleza decidem por paralisação a partir desta segunda

Agenda de paralisação deve impactar o início do ano letivo em Fortaleza, previsto pela Secretaria da Educação
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Professores da rede municipal decidem por paralisação a partir da segunda-feira, 31 (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução Professores da rede municipal decidem por paralisação a partir da segunda-feira, 31

Os profissionais da educação da rede municipal de Fortaleza decidiram pela realização de um calendário de paralisação, com início na próxima segunda-feira, 31, e encerramento previsto para o dia 3 de fevereiro. Com isso, o ano letivo em Fortaleza não inicia conforme previsto pela Secretaria da Educação. A decisão foi tomada em assembleia virtual do Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute), realizada na manhã dessa sexta-feira, 28. 

No encontro, que reuniu mais de 2.500 trabalhadores, a categoria desistiu de iniciar greve, anteriormente prevista. A decisão foi tomada um dia após o prefeito José Sarto (PDT) informar que, de acordo com a determinação da lei federal, o índice reivindicado de 33,24% será aplicado aos professores da Capital. Para chegar ao reajuste definido no novo piso, será concedido aumento extra de 22,24% à categoria.

“A nossa pressão fez com que o município de Fortaleza fosse a primeira Capital a anunciar que vai cumprir a lei do piso. A gente considera muito importante, nós que conquistamos a Lei do piso e o aumento de investimentos do Fundeb, que pela primeira vez tem um crescimento real”, destacou Ana Cristina Guilherme, presidente do Sindiute.

Agora, a classe deve pedir celeridade no envio da mensagem do reajuste à Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor). Para o pagamento, no entanto, os professores pedem que ele seja feita de forma integral e pago já na próxima folha de pagamento, retroativo a 1º de janeiro. 

LEIA MAIS l Por que professores recebem pagamento extra pelo Fundeb e quem tem direito

Outras reivindicação que permanece é a realização de concurso público para o magistério em 2022 e o pagamento dos precatórios do Fundeb. Os servidores também acusam a Prefeitura de não distribuir aos profissionais da educação o valor recebido de precatórios do Fundo (antigo Fundef, hoje Fundeb).

Em 2015, a gestão municipal recebeu cerca de R$ 289 milhões relativos a esses precatórios, conforme o site da Justiça Federal do Ceará. Esse montante teve como origem uma ação do Município contra a União, ajuizada em 2010, que cobrou o repasse de verbas relativas à complementação do Fundeb, que deveriam ter sido pagas nos anos de 2005 e 2006.

O último ponto que permanece é o abono de 14% dos aposentados. Após a aprovação da reforma da Previdência de Fortaleza, em 2021, além de fazer alterações na idade mínima para aposentadoria, no cálculo do benefício e no cálculo para recebimento de pensão, houve aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14%.

A regra, que também vale para inativos, foi implantada na folha de pagamento de agosto de 2021. No caso dos aposentados, só estão isentos da contribuição as pessoas que ganham até R$ 2.200. Os demais contribuem com os 14%, agora sem o abono compensatório, acabando com uma política anteriormente vigente de abonar os descontos previdenciários de quem recebia salários maiores.

O Sindiute pede que a Prefeitura restabeleça o pagamento do abono previdenciário, considerando a questão um direito adquirido dos servidores aposentados e pensionistas do município.

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