A médica Mayra Pinheiro, secretária da Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da Saúde, e o coronel da Polícia Militar Antônio Aginaldo de Oliveira, comandante da Força Nacional, se filiaram ao Partido Liberal (PL) nesta quarta-feira, 2. Nomes de destaque nacional no bolsonarismo, ambos são cearenses e devem ser candidatos nas próximas eleições.
Aginaldo é marido da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), da tropa de choque do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.
Mayra Pinheiro já foi candidata a deputada federal em 2014 e ao Senado em 2018, em ambas pelo PSDB. Nacionalmente, ela foi uma das responsáveis dentro do Ministério da Saúde por disseminar o chamado tratamento precoce contra Covid-19. Por isso, ganhou o tratamento jocoso de "Capitã Cloroquina" e foi um dos alvos da CPI da Covid no Senado.
"Começando uma nova história a serviço do Brasil", publicou Mayra em postagem nas redes sociais ao lado de Valdemar Costa Neto, presidente do PL e condenado no escândalo do mensalão. "Dois cearenses, duas áreas essenciais, saúde e segurança pública, e um só compromisso: servir ao Brasil", escreveu em outra postagem ao lado de Aginaldo.
Eles reforçam a tropa bolsonarista dentro do PL no Ceará, apesar de o partido seguir por enquanto sob comando do prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves, aliado do grupo do PT e PDT no Estado. A saída dele é dada como certa pelos bolsonaristas.
Mayra e Aginaldo se somam a onda de filiações no PL em todo país após o ingresso de Jair Bolsonaro no partido. Na última terça-feira, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, e o secretário especial de Cultura, Mário Frias, acertaram a filiação ao PL. Além deles, o partido anunciou a filiação do cantor de axé music Netinho. Os três pretendem concorrer nas eleições gerais a vagas na Câmara dos Deputados.
"Alguns especularam que eu poderia ir para um partido diferente do presidente Jair Bolsonaro. A janela para mudança partidária de deputados será em março e vários bolsonaristas irão também", afirmou Eduardo Bolsonaro, em publicação nas redes sociais.
Do clã presidencial, apenas Carlos Bolsonaro, vereador no Rio, segue fora do PL. Ele elegeu-se pelo Republicanos em 2020 e, se migrasse de partido agora, ficaria sujeito à perda do mandato.