Pré-candidato ao Governo do Ceará, o deputado federal Capitão Wagner (Pros) está seguro quanto ao comando estadual do União Brasil, cuja oficialização ocorreu nessa terça-feira, 8, com a fusão de PSL e DEM aprovada unanimemente pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A legenda nasce como a maior do Brasil, líder em número de deputados federais, significando a maior fatia do fundo eleitoral para as campanhas pelo País. A campanha de Wagner, por ser competitiva, tende a ser bem abastecida pela direção nacional.
No entanto, se o deputado federal tem em Luciano Bivar (presidente do União e do antigo PSL) um aliado nessa disputa, o empresário e senador em exercício Chiquinho Feitosa é próximo de ACM Neto (secretário-geral do partido). Feitosa se move para que a "parte DEM" do partido prevaleça sobre o "lado PSL". Isto é, que a sigla fique na aliança liderada pelo governador Camilo Santana (PT) e pelo senador Cid Gomes (PDT).
"Essa resposta só pode ser dada pelo presidente Bivar, o presidente do partido, porque o presidente já foi aí no Ceará, já reuniu todo mundo, já disse que eu ia comandar o partido. Enquanto não oficializar, pode pairar alguma dúvida, até entendo e compreendo. Mas na minha cabeça isso já está muito claro", assegura Capitão Wagner ao O POVO.
Ele fez o adendo de que o acordo está firmado desde agosto de 2021. Considerando, todavia, que a Chiquinho pode ter sido dada alguma esperança. "Mas, hoje mesmo falei com o presidente Bivar, falei com o (Antonio de) Rueda (vice-presidente do agora encerrado PSL), está se compondo a nacional do partido, o diretório nacional. Em seguida, devem estar definindo essas questões."
O POVO procurou o senador Chiquinho Feitosa, mas não obteve retorno. O deputado estadual João Jaime disse à reportagem que "nada decidido" sobre o tema e que Chiquinho lidera o processo e "só ele" pode falar pelo DEM.
Aníbal Gomes, por sua vez, alegou que o momento é de aguardar quem irá comandar o novo partido. "Tudo muito indefinido ainda."