O ex-governador e pré-candidato a presidente da República Ciro Gomes (PDT) respondeu ontem à crítica do ex-juiz Sergio Moro (Podemos), também pré-candidato, à proposta econômica pedetista. Em entrevista ao programa Jogo Político, do O POVO, na terça-feira, Moro afirmou que a proposta de Ciro de deixar investimentos públicos fora do teto de gasto não daria certo em âmbito nacional, embora reconheça que possa funcionar num Estado. Isso em função de o governo federal poder imprimir moeda.
"A proposta do Ciro é basicamente querer ter um cheque em branco, como é a do Lula." Para o ex-juiz, dessa moda, não haveria limite. Porém, Moro havia falado que só debateria com Ciro se o ex-governador ficar um mês sem ofender e dizer palavrões. O pedetista respondeu.
"O Sergio Moro está se revelando um Rolando Lero, sabe, um pateta. Porque nenhum País do mundo, em nenhuma literatura internacional, estabelece teto de gastos de 20 anos com status nacional. Nem um único país do mundo." O ex-governador apontou o motivo. "Porque investimento é como no Ceará. Ele (Moro) não sabe de nada. No Ceará nós temos um teto de gastos. Como é esse teto de gastos? Ele é um teto para o crescimento dos gastos correntes. O investimento, que tem um papel anticíclico, ele (Moro) não sabe nem o que isso quer dizer, é livre. O que quer dizer? Se você tem uma situação de depressão econômica — o que os americanos estão fazendo hoje, os alemães estão fazendo hoje, os italianos estão fazendo hoje, os britânicos estão fazendo hoje, a China está fazendo, a Coreia do Sul, todo mundo — é o investimento público anticíclico, para puxar a atividade econômica. E, no Brasil, isso simplesmente está proibido", disse Ciro.
O ex-governador cearense completou: "Ele (Moro) não sabe de nada. O Sergio Moro é uma anta completa. Eu pensava, pela qualidade do concurso para juiz federal, que ele pelo menos tivesse a menor noção. E eu estou vendo que ele é um idiota completo." (Carlos Mazza)