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Kim Kataguiri pede desculpas por posição sobre nazismo
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Kim Kataguiri pede desculpas por posição sobre nazismo

| EXTREMISMO |
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Deputado Kim Kataguiri (Foto: Sergio Lima / AFP)
Foto: Sergio Lima / AFP Deputado Kim Kataguiri

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) publicou vídeo pedindo desculpas pelas falas em que defende descriminalização do nazismo, feitas durante o podcast Flow.

O parlamentar vem recebendo críticas por sustentar a tese de que um partido nazista tem direito a existir no Brasil. A repercussão tomou maiores proporções e há mobilização pedindo a cassação do mandato de Kataguiri na Câmara dos Deputados.

Os pedidos foram feitos por parte do Progressistas e também do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro. A Procuradoria Geral da República (PGR) também abriu procedimento para investigar o caso.

Ao mesmo tempo em que cobram a cassação de Kataguiri, aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiram a defesa do comentarista Adrilles Jorge, demitido da rádio Jovem Pan por gesto associado também ao nazismo.

Em entrevista ao Flow Podcast na última segunda-feira, Kim Kataguiri disse considerar errado o fato de a Alemanha ter criminalizado o nazismo, e, concordando com o apresentador Monark (que acabou demitido do programa), cobrou liberdade de expressão e critérios similares para tratar do nazismo e comunismo, representado por partidos já tradicionais no País. Kim Kataguiri se afastou de Bolsonaro e anunciou apoio ao pré-candidato do Podemos, o ex-juiz Sérgio Moro.

Mas, enquanto pedem a cassação de Kataguiri, crítico contumaz do comunismo, bolsonaristas citam a defesa da liberdade de expressão para apoiar Adrilles, ao mesmo tempo em que criticam "a cultura do politicamente correto", associada por eles à esquerda.

Adrilles Jorge foi afastado da Jovem Pan por fazer uma saudação associada ao nazismo ao encerrar sua participação num dos jornais da emissora após comentar o caso Monark. Ministros e parlamentares ligados ao presidente saíram em defesa do escritor, citando argumentos contra a "cultura do cancelamento".

 

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