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Quem será o candidato do PDT a governador do Ceará? Cid Gomes aponta os critérios
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Quem será o candidato do PDT a governador do Ceará? Cid Gomes aponta os critérios

| ELEIÇÕES | Com três governadores presentes, a inauguração da expansão do Porto do Pecém foi importante evento político
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Cid, Camilo, Tasso e Ciro: expansão do Pecém (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA Cid, Camilo, Tasso e Ciro: expansão do Pecém

Na concorrida inauguração da nova fase da ampliação do Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, a presença de alguns dos principais líderes do governismo estadual rendeu conversas e declarações sobre as eleições, tanto no Ceará quanto em âmbito federal. Ao reunir o governador Camilo Santana (PT) e três ex-governadores, foi provavelmente o mais relevante evento político deste início de ano eleitoral no Ceará.

Sobre a principal interrogação acerca das eleições no Ceará — quem será o candidato de situação a governador do Estado — o senador Cid Gomes (PDT) apontou critérios para a escolha.

O irmão de Ciro Gomes (PDT) é o principal negociador das alianças governistas. Segundo ele, nome deverá ser definido a partir de pesquisas de intenção de voto e pela aceitação dos demais partidos da base aliada.

"É desse conjunto de ações, avaliação popular e aceitação entre os demais parceiros que se coligarão conosco, que vai ter a definição de qual deles (quatro pré-candidatos já confirmados pelo PDT) pode ser o candidato", disse Cid.

Atualmente, há quatro nomes colocados pelo PDT: o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, a vice-governadora Izolda Cela, o deputado federal Mauro Filho e o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. Evandro e Izolda estavam presentes ao evento. Segundo Cid, todos eles possuem "todos os predicados" necessários para encabeçar a chapa da base aliada.

PT e PDT aprovaram nas últimas semanas o apoio à provável candidatura do governador Camilo Santana a senador. Ele ainda não confirma, mas admite a intenção. Com isso, precisará renunciar ao cargo no começo de abril, para se desincompatibilizar e ficar elegível. A vice-governadora Izolda Cela assumirá o cargo, nesse caso.

Com o PT ocupando a posição de candidato ao Senado na chapa, na equação política do governismo, abre-se a vaga para o PDT indicar o candidato, ou candidata, a governador. Ou governadora. O partido é o maior do Estado, apesar de petistas como os deputados federais José Airton Cirilo e Luizianne Lins insistirem para que o PT tenha candidato próprio a governador, para puxar a campanha estadual de Lula.

Cid não referendou a tese de que, uma vez no cargo de governadora, Izolda terá a prerrogativa de concorrer a reeleição. A hipotética possibilidade foi considerada, em tese, por nomes como o próprio governador Camilo Santana e pelo deputado estadual Zezinho Albuquerque, que provavelmente trocará o PDT pelo Progressistas.

"A Izolda é um dos quatro nomes que o PDT tem colocado para o povo, para as pessoas, para que se tornem conhecidos, e para os parceiros, futuros aliados", disse Cid.

No ano passado, o senador chegou a afirmar que, pelo critério das pesquisas, Roberto Cláudio estava na frente. Porém, já afirmou também para o ex-prefeito estar preparado para concorrer a deputado federal. Em entrevista ao O POVO ainda em 2017, Ciro Gomes colocava RC como o primeiro da fila para concorrer ao governo pelo grupo. Porém, o ex-prefeito tem concorrência, e a resistência de aliados, como o PT, pode atrapalhar.

Sobre a oposição, o senador Cid gostou da exposição dada ao deputado federal Capitão Wagner (Pros) no evento do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Jati, Ceará, na última terça-feira, 8. "Ótima. Está ficando claro para as pessoas o que é o projeto de cada um. O projeto do Wagner é seguir o projeto do Bolsonaro aqui no Ceará. Já tem até slogan: É capitão lá e capitão cá". Cid completou: "Vamos cuidar da nossa vida que a nossa vida tem mais futuro".

Além de Cid e Ciro, estava presente o terceiro ex-governador, senador Tasso Jereissati (PSDB). Após período de rompimento, ele se reaproximou dos irmãos Ferreira Gomes na eleição de 2020 em Fortaleza e deverá estar do lado governista este ano. Ele recebeu os elogios mais eloquentes no evento. Cid se referiu a ele como "maior homem público da história do Ceará." Ciro o definiu como "fundador deste Ceará moderno." Tasso anunciou que não será mais candidato. (Colaborou Érico Firmo)

União Brasil segue em disputa no Ceará, diz Chiquinho

Com criação confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta semana, o União Brasil — partido resultado da fusão entre PSL e DEM - segue sem liderança no Ceará. Segundo os senadores Cid Gomes (PDT) e Chiquinho Feitosa (União Brasil), o comando local da sigla segue em disputa entre Chiquinho e o deputado federal Capitão Wagner (Pros).

"A gente aguarda a definição. Tenho mantido contato com o ACM Neto, conversado com os dirigentes do partido e aguarda a definição. Eu não tenho cantado vitória, mantenho meus contatos e gostaria muito de me manter como presidente", disse Chiquinho nesta quinta-feira, 10, durante participação em ato ao lado do governador Camilo Santana (PT). Wagner disse que a direção foi prometida a ele pelo presidente nacional da nova legenda.

"Na minha cabeça isso já está muito claro", afirmou o deputado federal. Chiquinho e Cid Gomes, no entanto, negam a afirmação e dizem que a disputa continua.

O comando da sigla, que já nasce como maior partido do Brasil, é fundamental para a estratégia eleitoral de base e oposição na eleição deste ano no Ceará. Hoje com 81 deputados (o número deverá mudar após filiações e desfiliações previstas), o partido terá direito a expressiva cota do Fundo Eleitoral e do tempo de rádio e TV.

No cerne da disputa, está o fato de Chiquinho, que comandava o DEM cearense, ser aliado do bloco do PT e PDT no Estado. Já Wagner, da oposição a Camilo, pretende disputar o Governo do Ceará pelo partido.

"União Brasil é a fusão de dois partido, DEM e PSL. O DEM é presidido aqui pelo Chiquinho, que é nosso parceiro. Já o PSL, o único deputado que tem hoje é o Heitor (Freire), e o Heitor diz que fica de qualquer jeito no partido, mas que torce para o Chiquinho. Então, nós temos isso ao nosso favor, e o Chiquinho está sendo a pessoa que está trabalhando com as lideranças nacionais. Espero que dê certo", diz Cid Gomes. (Carlos Mazza)

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