Deputada federal e uma das defensoras da candidatura própria do PT ao governo, Luizianne Lins projeta dificuldades para o nome pedetista nas eleições, "ainda mais se o candidato não agregar a oposição".
A manifestação da parlamentar se segue às declarações do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), que, durante evento do PSD ontem, classificou a resistência que enfrenta entre setores petistas como "expressões individuais" e disse que o veto é "expressão da antipolítica".
"O problema deles é grande, acham que vão ganhar de qualquer jeito", disse Luizianne em resposta ao O POVO.
"Eles (o grupo de RC) têm um problema muito grave que é o que o Valton Miranda Leitão já disse uma vez: 'A paranoia do soberano'. Só que não está fácil, não, ainda mais se o candidato não agregar oposição".
Um dos cotados como representante da chapa governista na sucessão de Camilo Santana (PT), Roberto Cláudio tenta se consolidar como o nome com mais condições de postular o governo no pleito.
Para tanto, uma ala mais próxima do pedetista foi a campo nessa quinta-feira, 3, para demonstrar apoio ao ex-gestor do Paço, com destaque para seu sucessor no posto, o atual prefeito José Sarto.
O movimento é reação ao avanço da vice-governadora Izolda Cela, que vem ganhando terreno entre aliados.
Pré-candidata da predileção de petistas, Izolda tem recebido mais atenção ao participar de agendas na reta final da gestão de Camilo, que deve deixar o Abolição até o fim do mês para concorrer ao Senado.