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Wagner não garante palanque exclusivo a Bolsonaro: "Todo apoio será bem-vindo"
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Wagner não garante palanque exclusivo a Bolsonaro: "Todo apoio será bem-vindo"

Próximo do presidente Bolsonaro e em novo partido, pré-candidato ao Governo acenou para outras legendas com presidenciáveis como o Podemos, de Moro, e o MDB
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EVENTO ontem anunciou Wagner no comando cearense do União Brasil (Foto: Thaís Mesquita)
Foto: Thaís Mesquita EVENTO ontem anunciou Wagner no comando cearense do União Brasil

O deputado federal Capitão Wagner (Pros), confirmado como futuro presidente do diretório cearense do União Brasil, defendeu a criação de um palanque amplo de oposição no Ceará e que englobe partidos com diferentes candidatos à Presidência da República. Wagner deve se filiar à nova legenda nos próximos dias para disputar o Governo do Estado em outubro.

“Todo apoio que vier a nível nacional será muito bem-vindo. Havia uma dúvida, o Capitão vai estar com candidato A, com Moro, com Bolsonaro. Aqui no Estado, nosso palanque vai permitir que o MDB, se vier, peça voto para o candidato dele, se o Podemos quiser pedir votos para o Moro vai pedir também, se o PL vem com a candidatura de Bolsonaro será bem recebido”, disse Wagner ontem, durante evento na Assembleia Legislativa que o confirmou como presidente do União Brasil no Ceará.

Wagner disse ainda que sua gestão no diretório estadual do União Brasil não terá radicalismo nem irá impor um candidato do bloco. "O candidato é o que cada um achar conveniente e logicamente, confirmadas as alianças, nós teremos o nosso candidato a presidente definido”, complementou o deputado.

O parlamentar, que tem se aproximado do presidente Bolsonaro nos últimos meses, acenou para outras legendas com possíveis presidenciáveis como o Podemos, do ex-juiz Sergio Moro, o PL, de Bolsonaro, e o MDB, da pré-candidata e senadora Simone Tebet. No Ceará, o MDB é comandado pelo ex-senador Eunício Oliveira, figura que tem rusgas antigas com o presidenciável Ciro Gomes (PDT).

Sobre Eunício, Wagner revelou que teve um encontro com o ex-senador e com o deputado Moses Rodrigues (MDB), que deve, segundo o pré-candidato, se filiar ao União Brasil nos próximos dias. Sem detalhar o tom do diálogo, Wagner disse que não aposta que Eunício apoie o grupo governista.

"Eu não tenho autorização de dizer o que escutei da boca do senador, mas ele tem consciência do prejuízo que ele teve na carreira política dele a partir do momento que ele deixou o nosso grupo de oposição pra ir pra base do governo. Essa consciência ele tem, ele fala publicamente e eu não acredito que ele vá continuar do lado de um grupo que o prejudicou em pelo menos duas oportunidades", ressaltou.

O União Brasil é resultado da fusão entre DEM e PSL. O comando do novo partido era disputado entre Wagner e Chiquinho Feitosa, que lidera o DEM no Ceará e é mais próximo do grupo governista. A migração de Wagner deve atrair para o União Brasil outros grupos, como parlamentares do Pros no Ceará próximos a ele e ainda o grupo liderado pelo prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, que hoje está no PSDB, mas já sinalizou intenções de migração em massa para a nova legenda.

Em contrapartida, nomes como Chiquinho Feitosa e Aníbal Gomes são apontados com tendência de deixar a sigla, segundo Wagner. O POVO procurou via assessoria um posicionamento de Feitosa sobre seu futuro político, mas não obteve resposta até o fechamento desta página.

No evento de ontem, foram anunciados os nomes que vão compor a cúpula estadual do União Brasil ao lado de Wagner. O deputado federal Heitor Freire assumirá a 1ª vice-presidência da sigla. A deputada estadual Fernanda Pessoa (hoje no PSDB) ficará como 2ª vice-presidente, o economista Igor Lucena ocupará a 3ª vice-presidência e o deputado federal Danilo Forte (hoje no PSDB) será o secretário-geral do partido.

A intenção do partido, segundo Wagner, é eleger entre quatro e cinco deputados federais e de cinco a seis estaduais. Heitor Freire reforçou seu apoio a Wagner. “Eu já tinha conversado com Luciano Bivar (presidente nacional do União Brasil) e ele tinha me dado a palavra de que o partido (no Ceará) era do Capitão Wagner. Conheço Bivar há alguns anos, é um homem de palavra. Uma das grandes atitudes dele é essa. Estou com Wagner e o apoiarei até o fim. Quero ver o capitão eleito governador do Ceará”, disse. (colaborou Vítor Magalhães)

 

 

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