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Bolsonaro diz que 'marginais roubam a liberdade', em crítica indireta ao STF
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Bolsonaro diz que 'marginais roubam a liberdade', em crítica indireta ao STF

O presidente também afirmou que os "marginais" culpam a liberdade de expressão para "fustigar pessoas de bem" e fazer com que elas "desistam do seu propósito"
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BOLSONARO voltou a tensionar relação com o Judiciário (Foto: Carolina Antunes/Presidência da República)
Foto: Carolina Antunes/Presidência da República BOLSONARO voltou a tensionar relação com o Judiciário

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender as Forças Armadas e a fazer críticas indiretas ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 13. O chefe do Executivo alegou que "marginais do passado hoje usam de outras armas" para "roubar a nossa liberdade".

"Nós, pessoas de bem, civis e militares, precisamos de todos para garantir a nossa liberdade. Porque os marginais do passado hoje usam de outras armas, também em gabinetes com ar-condicionado, visando roubar a nossa liberdade", disse Bolsonaro, em evento de formatura de oficiais da Polícia Militar em São Paulo, na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, na capital paulista.

O presidente também afirmou que os "marginais" culpam a liberdade de expressão para "fustigar pessoas de bem" e fazer com que elas "desistam do seu propósito".

"Nós, Forças Armadas, nós, forças auxiliares, não deixaremos que isso aconteça. Nós defendemos a nossa Constituição, a nossa democracia e a nossa liberdade", completou Bolsonaro, pedindo, ainda, que o Exército e civis se unam pela liberdade.

A fala de Bolsonaro ocorre em meio a embates com o Supremo e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a lisura do processo eleitoral e após a condenação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) a oito anos e nove meses de prisão por incitar agressões a ministros e atentar contra a democracia ao defender, em vídeos, o fechamento da Corte. O parlamentar recebeu perdão do presidente da República.

Dias após a graça presidencial, Silveira foi recebido, no mês passado, no Palácio do Planalto para um ato pela "liberdade de expressão". Na ocasião, Bolsonaro pôs em dúvida, mais uma vez sem apresentar provas, o sistema eleitoral brasileiro, e defendeu uma contagem paralela de votos, controlada pelas Forças Armadas.

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