O ex-senador Eunicio Oliveira afirmou que a maioria dos participantes da reunião do MDB da última quarta-feira, 13, defenderam que a sigla tenha candidatura própria ao Governo do Ceará. A última vez que o partido se lançou na corrida ao Palácio Abolição foi em 2014, com o próprio Eunício candidato contra Camilo Santana (PT), que foi eleito no 2º turno.
A maioria dos presentes no encontro delegou ao ex-presidente do Senado Federal o rumo das articulações. Eunício é adepto de que a aliança com o grupo governista pode continuar, desde que o PDT escolha Izolda Cela como candidata.
Situação diferente se o escolhido for Roberto Cláudio (PDT). Eunício atribui ao ex-prefeito de Fortaleza "traição" e já disse reiteradas vezes que não há razões para votar nele.
O motivo da rejeição do emedebista remonta a última eleição, em 2018, quando Eunício pleiteava uma recondução ao Senado, onde ocupava cargo de presidente da Casa. Para ele, o grupo de Roberto Cláudio e dos irmãos Ferreira Gomes o escanteou na disputa que elegeu Cid Gomes (PDT) em primeiro lugar e Eduardo Girão (Podemos) em segundo. A derrota de Eunício para Girão foi considerada surpreendente naquele ano.
Questionado sobre a possibilidade de união entre PT, MDB e demais partidos insatisfeitos com a eventual escolha por RC, Eunício respondeu que coloca o nome à disposição para o caso de candidatura própria.
A aposta de Eunício em eventual candidatura própria com apoio do PT reside também na proximidade que tem com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem foi ministro das Comunicações.