O presidente estadual do PDT, o deputado André Figueiredo afirmou que o processo de votação que culminou na escolha do nome do ex-prefeito Roberto Cláudio para disputar o Governo do Ceará na última segunda-feira, 19, foi constrangedor para os quadros do partido. Em entrevista ontem á Rádio O POVO CBN, o pedetista disse que tentou, até mesmo antes da reunião do diretório regional, "incansavelmente evitar votação" ao perceber que o processo traria desconforto entre os correligionários.
"Ontem (segunda) houve uma última tentativa em ligar pra todos os membros do diretório pra tentar reverter votos. Eu considero que seria completamente desnecessário essa votação, mas lamentavelmente não coube nenhuma outra alternativa. Foram quatro grandes pré-candidatos e realmente votação é uma decisão extrema, mas não houve em nenhum momento outra possibilidade porque não havia nenhuma sinalização de desistência de nenhum deles", disse o deputado.
André afirmou que não teve sucesso em tentar negociar algum recuo por parte de RC ou da governadora Izolda Cela (PDT), derrotada na votação contra o ex-prefeito de Fortaleza. "Eu participei de uma reunião há duas semanas quando foi colocado a questão da pesquisa, depois fizemos uma outra reunião numa tentativa de apelo para que houvesse uma sinalização de um acordo. Posteriormente o presidente da Assembleia, deputado Evandro Leitão, fez uma reunião entre Roberto e Izolda, e mais uma vez não logramos êxito".
O processo de votação, segundo o parlamentar, representou um constrangimento entre os membros do partido, em especial para Izolda. "Não foi do PDT de forma alguma a iniciativa de constranger a governadora, de jeito nenhum. Nós tentamos de todas as maneiras evitar um constrangimento. Vou além, não foi (constrangedor) só pra governadora, foi pra todos nós", diz o pedetista. No entanto, André afirma que tentou ao máximo evitou um desgaste da governadora.
"Eu considero realmente o constrangimento de quem, por exemplo, acompanha a nossa governadora que é uma mulher serena, uma mulher da melhor qualidade, uma pessoa que todos respeitamos, e tentei que não fizessem uma leitura das tendências de voto de cada um. Ao não conseguir, inclusive nós gostaríamos e foi proposta minha, que a votação não fosse aberta, mas a própria governadora legitimamente pediu que fosse aberta", informou o presidente do PDT-CE.