O PSDB se reúne hoje para analisar o cenário eleitoral no Ceará depois do racha entre PT e PDT na corrida para o Governo. Participam do encontro o ex-senador Luiz Pontes, o presidente estadual tucano, Chiquinho Feitosa, e o senador Tasso Jereissati.
De retorno de uma viagem, Tasso ainda não se manifestou sobre o assunto, mas, pelas redes sociais na última quarta-feira, 20, afirmou que o PSDB não definiu, por enquanto, de que maneira irá se posicionar no jogo político após a cisão PT-PDT. O senador, porém, tem se reaproximado do grupo dos irmãos Ciro e Cid Gomes ao longo do último ano.
A se considerar a trajetória política do ex-governador, a tendência prevista para o pleito de 2022 seria a de alinhamento com a candidatura de Roberto Cláudio (PDT) ao Governo, e não com um postulante saído das articulações movidas pelo ex-governador Camilo Santana (PT).
Outro fator de peso nessa decisão são os novos filiados do PSDB que ingressaram na janela partidária, entre os quais a maioria é egressa da base do PDT na Câmara de Vereadores e da Assembleia Legislativa (AL-CE) e simpática a um apoio a RC.
Nessa mesa de conversas entre Chiquinho, Tasso e Pontes, a posição que deve prevalecer é a de apoio ao ex-prefeito, ainda que o presidente estadual já tenha expressado o desejo pessoal de abraçar uma candidatura ao Governo apoiada também por Camilo.
Em conversa com O POVO ontem, Pontes descartou novamente qualquer aliança com o PT. “Eu não me vejo votando no (José) Guimarães e no PT para governador ou sentando à mesa capitaneado pelo deputado. Há enormes diferenças ideológicas entre PT e PSDB”, disse.
O ex-presidente estadual tucano considerou, porém, que quem deve bater o martelo é Tasso depois de consultar o conjunto da legenda. “Qualquer decisão vai ser em cima de um projeto para o estado. Vamos ouvir o partido, deputados, candidatos, prefeitos, lideranças, como sempre fizemos”, afirmou Pontes.