Principal nome da oposição no Ceará, o deputado federal Capitão Wagner (União Brasil) tem rodada dupla de conversas neste domingo, 24. Uma com o vereador Ronaldo Martins, presidente do Republicanos, e outra com o prefeito Acilon Gonçalves, que comanda o PL.
A intenção do pré-candidato é conseguir a adesão de ao menos um dos dois partidos. Até agora, Wagner tem no seu arco de aliança o Avante, Pros, Solidariedade, PTB e o próprio União, totalizando cinco legendas.
O parlamentar licenciado projeta chegar a seis ou sete forças num bloco. Além de Republicanos e PL, há a possibilidade de uma das siglas que hoje mantêm conversas com o governismo acabar se alinhando com o nome do União.
Em conversa com O POVO nesse sábado, Ronaldo Martins confirmou o encontro com Wagner, mas disse que a agremiação que dirige permanece em fase de discussões com todas as forças políticas.
"Ainda estamos ouvindo todos. Hoje (ontem) inclusive estão sendo ouvidos todos os candidatos do partido e presidentes nos municípios, para que sirva de parâmetro para o partido decidir", contou.
Martins declarou também que o Republicanos estuda a possibilidade de "indicarmos o vice" na chapa encabeçada por Wagner ao Governo do Estado em caso de entendimento sobre aliança.
O posto, no entanto, pode ser disputado com o PL, já que um dos impasses no diálogo de Wagner com Acilon se dá justamente sobre o tema. Adiada ao menos duas vezes, a agenda das duas lideranças deve finalmente acontecer hoje.
Na mesa, está a hipótese de apoio do partido do presidente Jair Bolsonaro ao deputado federal ainda no primeiro turno da corrida eleitoral. Dentro do PL, porém, alguns filiados têm postulado que a sigla apresente candidatura própria.
Ex-deputado federal, Raimundo Gomes de Matos é o nome cotado para encabeçar uma chapa liberal ao Governo. Wagner tenta evitar esse desfecho, que dividiria os votos da direita no estado e afastaria Bolsonaro do seu palanque.