Logo O POVO+
Ivo diz que apoio de Cid a Roberto Cláudio "simplesmente não existe"
Politica

Ivo diz que apoio de Cid a Roberto Cláudio "simplesmente não existe"

O prefeito de Sobral também afirmou que o irmão foi ignorado e alijado pelo PDT do processo de escolha do candidato ao Palácio da Abolição
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Roberto Cláudio (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves Roberto Cláudio

O prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT), afirmou nesta quarta-feira, 3, que o apoio do irmão Cid Gomes (PDT) à candidatura de Roberto Cláudio (PDT) ao Governo do Ceará "simplesmente não existe". Em postagem nas redes sociais, Ivo também acusa o próprio PDT de ter ignorado e alijado o senador cearense do processo de escolha do candidato ao Palácio da Abolição.

"Engraçado, pra não dizer outra coisa, o meu partido. Ignora e alija Cid do processo de escolha do candidato. Agora quer enganar os entrevistados de pesquisa exigindo na justiça a menção de um apoio do mesmo Cid a RC, apoio esse que simplesmente não existe", escreveu o prefeito em comentário feito a partir de um print de matéria do site Focus.

Na mensagem, Ivo faz referência a uma ação de impugnação impetrada pelo PDT contra uma pesquisa de intenção de votos encomendada pela Record TV e realizada pelo instituto Real Time Big Data.

O partido questiona uma das perguntas do questionário - a de número 4 -, referente à influência dos candidatos à Presidência da República no voto para governador(a) do Ceará. Nesse item, Roberto Cláudio é colocado com o apoio de Ciro Gomes, Capitão Wagner (União Brasil) com o apoio de Jair Bolsonaro (PL) e Elmano Freitas (PT) com apoio de Lula (PT). 

"Nesse ponto, os questionamentos apresentados se revelam tendenciosos, com nítido objetivo de manipular, não apenas o eleitor consultado, mas também aqueles que do seu conteúdo tiverem conhecimento, tudo isso em benefício de uma determinada candidatura em intento de alinhamento subliminar entre candidatos", diz o PDT na ação.

Ao mesmo tempo, a sigla cobra que o nome do senador Cid Gomes seja incluído como apoiador de RC, para também aferir o impacto na preferência do eleitor. "O lançamento da pergunta nº. 04 do questionário eiva de ilicitude a pesquisa realizada, pois direciona ilicitamente o eleitorado na medida que deliberadamente omite apoiadores reconhecidamente locais, regionais e nacionais, que claramente podem influenciar determinada parcela do eleitorado caso declarem o seu apoio, como é o caso do Senador Cid Ferreira Gomes (PDT) que tem uma parcela considerável de apoio popular no Estado do Ceará", argumenta o partido. 

Na avaliação da sigla, atrelar o nome de Cid a RC, diante do peso do ex-governador, alteraria o resultado da pergunta. "É de geral saber que o Senador Cid Ferreira Gomes é, senão a maior, a mais expressiva liderança política dentro do Estado do Ceará, o que lhe credencia como um dos principais apoiadores no pleito de 2022 para o Governador do Estado do Ceará, mais especificamente ao candidato Roberto Cláudio, dado à parceria de ideias e por ser integrante do mesmo partido, o que indiscutivelmente modificaria o resultado da pergunta nº. 04".

Ivo Gomes defendia o nome da governadora Izolda Cela (sem partido) como candidata à reeleição. Entretanto, ela acabou derrotada por RC após votação do diretório estadual do PDT. Roberto Cláudio contou com o apoio do ex-ministro Ciro Gomes, expondo uma divisão não só partidária, mas também familiar. Cid, por sua vez, se ausentou das articulações políticas e não tem dado declarações sobre o assunto.

Depois de período recluso e afastado de articulações políticas e também de atividades parlamentares, Cid votou ontem contra a medida provisória que flexibiliza a legislação trabalhista em momentos de calamidade pública.

"Participei hoje da votação da Medida Provisória de autoria do governo federal que altera as relações trabalhistas em situações de calamidade. Nós, da oposição, tentamos corrigir um absurdo para proibir as alterações unilaterais da jornada de trabalho e a redução salarial", publicou Cid nas redes sociais após duas semanas sem manifestações públicas. Apesar do voto contra de Cid e dos senadores de oposição, a MP foi aprovada por 51 votos a 17.

O que você achou desse conteúdo?