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Pros deixa aliança de Wagner e passa a apoiar Elmano para o Governo
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Pros deixa aliança de Wagner e passa a apoiar Elmano para o Governo

A mudança é justificada pela troca no comando do Pros, ocorrida no começo desta semana. É o segundo partido que Wagner perder no intervalo de dois dias.
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CAPITÃO Wagner faz convenção hoje (Foto: Luan Viana/Divulgação)
Foto: Luan Viana/Divulgação CAPITÃO Wagner faz convenção hoje

Antiga legenda do pré-candidato ao Governo do Ceará, Capitão Wagner (União Brasil), o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) anunciou nesta quarta-feira, 3, que mudará de lado e passará a apoiar o candidato Elmano Freitas (PT). Em junho, conforme noticiado pelo O POVO, a legenda havia declarado apoio a Wagner em sua empreitada rumo ao Abolição.

A mudança é justificada pela troca no comando do Pros. O novo presidente estadual da sigla, Otoni Lopes de Oliveira Neto, assumiu o comando do partido no Ceará na última segunda-feira, 1º, e decidiu realizar a mudança por representar "a continuidade" do trabalho realizado pelo ex-governador Camilo Santana (PT) e a atual, Izolda Cela (sem partido). Otoni é sobrinho de Eunício Oliveira, presidente do MDB no Estado, e principal aliado da campanha de Elmano. 

"Diante do novo cenário eleitoral no Ceará, com o recente lançamento de uma candidatura que representa a continuidade do grande trabalho realizado pelo governador Camilo Santana e pela governadora Izolda Cela, o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) anuncia sua decisão de seguir as candidaturas de Elmano para Governador, Camilo Santana para o Senado e Lula para Presidência", disse o presidente em nota.

O Pros foi o segundo partido a anunciar sua saída da coligação de Wagner. Na segunda, 1º, o Solidariedade também mudou de posição e rumou para o lado de Elmano/Camilo. A legenda justificou a retirada alegando que o cenário eleitoral "mudou drasticamente" nos últimos dias e o momento demandava engajamento "de corpo e alma" nas campanhas de Elmano e Camilo.

Pros declara apoio à chapa de Lula 

O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) realiza convenção naciona para oficializar o nome de Pablo Marçal como candidato do partido a presidente da República nas Eleições 2022.(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) realiza convenção naciona para oficializar o nome de Pablo Marçal como candidato do partido a presidente da República nas Eleições 2022.

O Pros decidiu apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo informação divulgada pela Fundação Perseu Abramo. A oficialização da negociação foi feita após reunião entre o presidente do partido, Eurípedes Júnior, e o coordenador de programa da campanha de Lula e presidente da Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, e o candidato a vice na chapa petista, Geraldo Alckmin (PSB), nesta quarta-feira, 3.

Segundo relatos, o Pros indicou que, com o apoio a Lula, a indicação do coach e influencer Pablo Marçal para concorrer à Presidência será retirada em convenção na sexta-feira, 5. Com isso, a chapa Lula-Alckmin conta agora com o apoio de oito partidos: PT, PSB, PC do B, PV, Rede, Psol, Solidariedade e Pros; além de setores do MDB e do PSD. Na noite de ontem, Marçal anunciou sua renúncia à disputa em vídeo no YouTube.

A campanha de Lula conversa ainda com o Avante e há expectativa de que o partido anuncie apoio ao petista nesta quinta-feira, quando o ex-presidente se reunirá com o deputado federal André Janones. O PT já indicou que irá aceitar as propostas que Janones quer ver encampadas no plano de governo de Lula e Alckmin.

Disputa interna no Pros nacional

Responsável pela aliança com o PT, o presidente do Pros, Eurípedes Júnior, reassumiu a legenda após obter uma liminar do vice-presidente do STJ, Jorge Mussi, proferida no domingo, 31. Até então, o partido estava nas mãos do grupo do advogado Marcus Hollanda, que lançou como presidenciável o influenciador Pablo Marçal.

As decisões se dão em meio a uma disputa judicial que se arrasta desde 2021 pelo comando do partido, que envolvem trocas de acusações, inclusive sobre o uso de verbas públicas destinadas a bancar a legenda.

Se a liminar for reconsiderada ou cassada até o dia 5, prazo limite para que os partidos registrem suas coligações, o PT corre o risco de perder a legenda do seu arco de alianças. No entanto, se nada acontecer até lá, o partido terá o benefício de somar seu tempo de TV na coligação, mesmo que a diretoria antiga reassuma e se torne um coligado rebelde.

"Os representantes do Pros apresentaram como proposta para o programa de governo a necessidade de auxiliar os brasileiros endividados. São cerca de 66 milhões de pessoas. O tema que já consta nas diretrizes do programa será discutido com mais profundidade em parceria com a Fundação da Ordem Social que também está debruçada sobre o tema. A fundação integra o Observatório da Democracia, desde o seu início, juntamente com a Fundação Perseu Abramo", diz a nota da Perseu Abramo, sobre a decisão do Pros. Participaram da reunião desta quarta-feira também o presidente da Fundação da Ordem Social, e Bruno Pena, advogado do PROS.

No texto de divulgação, a Perseu Abramo afirma ainda que o apoio do PROS "está sendo alinhado na maioria dos Estados da federação" e que a formalização deste apoio irá ocorrer na convenção do partido, que acontecerá na sexta-feira.

Nesta quarta-feira, 3, em coletiva de imprensa após evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o candidato ao governo estadual pelo PT, Fernando Haddad, disse que recebeu a informação de que o Pros pretende apoiar, além da candidatura de Lula no plano nacional, os candidatos do PT ao governo de São Paulo e de Santa Catarina. Haddad teve reunião com dirigentes do Pros nesta quarta-feira.

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