Por maioria, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou nesta sexta-feira, 19, decisão que retira a federação PSDB/Cidadania da aliança do candidato ao Governo Roberto Cláudio (PDT).
Até o fechamento desta página, quatro magistrados haviam endossado entendimento do ministro Benedito Gonçalves, que tinha concedido liminar reconduzindo Chiquinho Feitosa à presidência do bloco. Dois votos, no entanto, ainda estavam pendentes no plenário virtual.
Além do retorno de Chiquinho ao comando da federação, o mandado de segurança obtido pelo tucano também tinha revalidado a convenção partidária, realizada em 4 de agosto, que aprovou a neutralidade das duas legendas na disputa pelo Abolição.
O resultado no tribunal é uma vitória para Chiquinho e uma derrota para RC, que perde apoio importante do PSDB. O partido de Tasso Jereissati integrava a chapa com o candidato ao Senado Amarílio Macêdo, indicado pelos social-democratas.
No lugar dele, quem iria postular a vaga de senadora era inicialmente a vereadora Enfermeira Ana Paula (PDT), já inscrita como concorrente. Na noite desta sexta-feira, porém, a pedetista renunciou ao pleito para brigar por cadeira de deputada federal. Com a candidatura barrada de Amarílio e a renúncia de Ana Paula, o PDT terá agora de substituir a candidatura.
O placar final no TSE também é um revés pessoal para Tasso, que havia deliberado pelo apoio ao ex-prefeito na queda de braço pelo Governo do Estado – Chiquinho queria a agremiação ao lado do PT do ex-governador Camilo Santana, que tenta assegurar vaga no Senado.
Sem PSDB e Cidadania no seu arco de aliados, Roberto Cláudio vai para a corrida eleitoral apenas com PSD e PSB de grandes partidos.
Com 2 minutos e 32 segundos de propaganda no rádio e na televisão, o tempo de RC na campanha já não previa a composição com a federação, cujas cotas não foram contabilizadas pela Justiça Eleitoral no rateio do horário gratuito feito nesta semana.
O julgamento de ontem no Judiciário encerra um processo que começou no início do mês de agosto, quando a direção nacional da federação, a cargo de Bruno Araújo, destituiu Chiquinho do diretório estadual e dissolveu a convenção do grupo no Ceará.
Apeado do comando de PSDB/Cidadania, Chiquinho recorreu ao TSE, obtendo decisão provisória confirmada pelos magistrados.
Mantido no posto, o empresário deve presidir o bloco até 31 de dezembro deste ano. Há possibilidade, no entanto, de que Chiquinho migre para outra legenda neste período.