O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e deu 15 dias para a Polícia Federal identificar todos os 159 integrantes de um grupo de Telegram criado por Ivan Rejane Fonte Boa Pinto. A corporação deverá analisar o teor de mensagens trocadas no grupo chamado "Caçadores de ratos do STF".

No despacho, Moraes disse que a diligência requerida pela PGR é "essencial à confirmação da hipótese criminal" levantada pela PF quando requereu a prisão temporária de Ivan Pinto. A prisão foi decretada após o investigado divulgar vídeos com ameaças ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministros do STF.

"Os elementos de prova reunidos demonstram possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas, principalmente aquelas que possam contrapor-se a atos ilegais", escreveu Moraes.

A medida foi requerida pela PGR na investigação que levou ao indiciamento de Ivan Pinto por associação criminosa.