O candidato ao Senado pelo PSTU, Carlos Silva, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi um traidor da classe trabalhadora. Segundo ele, o petista se elegeu com um discurso de mudança, mas “no final das contas ele veio para governar para a burguesia”. Ele encerrou ontem série de entrevistas ao programa Jogo Político com os candidatos cearenses ao Senado.
“Pelo que a gente viu na história, o Lula traiu a classe trabalhadora. Ele se lançou dentro do movimento sindical no ABC Paulista na década de 1970. E quando chegou ao governo, com um discurso de mudança, no final das contas a gente viu que, de fato, ele veio pra governar para a burguesia”, disse, frisando que, por mais que faça parte de um movimento da esquerda, não tem Lula como referência na política.
Carlos Silva destaca que suas referências são as figuras vinculadas ao seu partido. Segundo ele, todas possuem história de luta pela classe trabalhadora, como a candidata a presidente pela sigla, Vera Lúcia, e a sua vice Raquel Tremembé.
“A minha referência são os companheiros do sindicato, do movimento de luta que estão aí todos os dias lutando. O companheiro Zé Maria, que é uma referência, que era do PT e hoje dirige o PSTU. É a companheira Vera, que é a nossa candidata a presidente da República, uma mulher negra, ela é minha referência, que a gente tem hoje acompanhado e a companheira Raquel Tremembé sua vice".
Carlos diz que não tem como “tirar isso como espelho” em relação a Lula. “Pra mim, ele sempre foi o que ele é. Representante hoje e sempre, enquanto o governo do setor da burguesia. Que a gente vê que foi o que mais lucrou neste país sobre o seu governo”.
Carlos cita uma de suas propostas caso eleito, para “investir de fato na educação”, a estatização de algumas empresas. “Na verdade, a estatização das principais empresas e o não pagamento das dívidas públicas tanto do Brasil como do as estado, a gente vai investir de fato na educação que foi o que mais sofreu o corte tanto no governo do PT como agora também no governo Bolsonaro. Houve um estrago total na educação pública do nosso país, principalmente no Ensino Superior”.
Sobre um eventual segundo turno entre Lula e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, que, segundo ele, “cometeu crimes e mais crimes”, Carlos disse que não vai se posicionar neste momento e que o foco da sua campanha é o primeiro turno.
“No primeiro turno, a gente está discutindo o nosso programa, do PSTU, o que o PSTU tem a apresentar para a classe trabalhadora, o pequeno empreendedor, o pequeno produtor rural, que é o que sofre aqui no nosso sertão”, finalizou.