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Capitão Wagner acha que Cid terá dificuldade para unir PDT e PT
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Capitão Wagner acha que Cid terá dificuldade para unir PDT e PT

| Ceará | Capitão acha que adversários tendem a se aliar no segundo turno, por serem do mesmo grupo. Mas acha que atrito entre eles torna difícil que militância se una
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 Capitão Wagner comentou 
declarações de Cid Gomes (Foto: Henrique Araújo)
Foto: Henrique Araújo  Capitão Wagner comentou declarações de Cid Gomes

Candidato ao Governo do Estado, Capitão Wagner (União Brasil) comentou ontem declarações do senador licenciado Cid Gomes (PDT) de que PT e PDT devem se unir no 2º turno para enfrentá-lo.

"Ele (Cid) acaba descartando um dos aliados. Essa é a confirmação de que a nossa candidatura está forte, ele tem a certeza de que nós estaremos no segundo turno e eu tenho a certeza de que podemos ganhar ainda no primeiro turno", disse Wagner ao participar de atividade da campanha de Pedro Matos (PL), que tenta vaga na Assembleia Legislativa (AL-CE).

No último sábado, 3, em Sobral, Cid descartou apoiar Elmano Freitas (PT) ou Roberto Cláudio (PDT) ainda no primeiro turno, mas avaliou que "a eleição no Ceará, a meu juízo, não se decidirá no primeiro turno".

"Se eu for tomar partido agora", continuou Cid no município, "chancelando essa quebra de aliança (entre PT e PDT), eu vou encontrar dificuldades de reatar essa relação no segundo turno. É importante que a gente mantenha os canais abertos".

Essa foi a primeira manifestação pública de Cid sobre a ruptura entre petistas e pedetistas, que agora medem forças na corrida pelo Abolição. Na cidade que é berço político dos Ferreira Gomes, o senador pediu votos para Ciro Gomes, que concorre à Presidência, e Camilo Santana (PT), que postula vaga no Senado.

Para Wagner, essa união dos ex-aliados num eventual segundo turno é natural, mas, na prática, será difícil de costurar, pelo grau de hostilidade que a campanha vem assumindo.

"É logico que devem se juntar, até porque as candidaturas são candidaturas de um mesmo grupo que até ontem estavam juntas. É natural que haja essa aliança, só que tem que combinar com o povo", considerou o deputado federal.

O candidato acrescentou ainda que, "por mais que as cabeças se juntem, acho que o corpo não vai se juntar porque há um atrito muito grande entre as militâncias dos candidatos, a gente vê nas redes sociais".

O representante do União Brasil afirmou, contudo, que está se preparando para todos os cenários, inclusive para encarar possível composição entre PT e PDT caso a fatura não se decida ainda na primeira etapa.

"Serão quatro semanas, se houver segundo turno. É tempo suficiente para uma negociação (entre os adversários), mas acho que o coração não vai juntar. Pode ter junção nas cabeças, até de partidos e de lideranças, mas acho que o eleitor está muito machucado pelas agressões de ambos os lados", apontou.

Sobre estratégias para as últimas semanas de campanha na rua, Wagner contou que tem recebido "pesquisas internas que mostram queda da nossa rejeição e aumento da rejeição dos adversários".

Segundo ele, isso tem se dado por causa dos enfrentamentos mútuos de Elmano e Roberto Cláudio na queda de braço pelo Governo.

"O caminho para a vitória é reduzir essa rejeição", declarou o candidato, "a estratégia não precisa mudar em nada. O eleitor precisa conhecer nossas propostas de redução de impostos e isenção de tributos, com foco no cearense".

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