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Em Fortaleza, Vera Lúcia fala sobre voto útil e despista sobre apoio no 2º turno
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Em Fortaleza, Vera Lúcia fala sobre voto útil e despista sobre apoio no 2º turno

| Eleições | Para solucionar o problema do desemprego, candidata do PSTU à Presidência planeja diminuir a carga horária dos trabalhadores para 30 horas semanais
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CANDIDATA a presidente Vera Lúcia, do PSTU, faz campanha em Fortaleza (Foto: Samuel Setubal-Especial para O Povo)
Foto: Samuel Setubal-Especial para O Povo CANDIDATA a presidente Vera Lúcia, do PSTU, faz campanha em Fortaleza

Candidata à presidência da República, Vera Lúcia (PSTU) cumpriu agenda em Fortaleza na tarde desta sexta-feira, 23, no Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal do Ceará (UFC). No local, ela conversou com estudantes e distribuiu panfletos de campanha, ao lado do candidato ao Governo do Ceará, Zé Batista (PSTU), e de militantes do partido. Perguntada em quem apoiaria no segundo turno das eleições, a postulante despistou: "se tiver segundo turno, eu me pronuncio". 

Ao O POVO, Vera falou sobre propostas que possui caso conquiste o Palácio do Planalto e explicou o que sua candidatura espera ao lançar campanha pelo voto útil, semelhante a estratégia utilizada pelo PT de Lula. Para ela, os eleitores que forem às urnas no dia 2 de outubro precisam votar por convicção, não polarização.

"A utilidade do voto existe quando você vota naquilo que você quer, almeja. Onde você encontra propostas para soluções de problemas reais que você vive. Nós queremos tirar Bolsonaro, na verdade, por nós (povo) ele já teria caído. Pela ação das ruas, o Bolsonaro já teria caído. Trouxeram ele até aqui para depois dizer que você pode juntar alhos com bugalhos e justificar que todo mundo deve estar junto para tirar Bolsonaro na eleição", disse a candidata do PSTU.

Ela argumenta que criar uma frente ampla contra Bolsonaro não resolve o "problema do bolsonarismo", uma vez que suas ideias ainda continuariam em vigor por meio de outros representantes. "A eleição em si não acaba com o bolsonarismo, não derrota politicamente essa organização. Ela acaba através da classe trabalhadora nas ruas como a gente fez na ditatura militar", afirmou.

"Quem quer tirar Bolsonaro na eleição deve apresentar um projeto de sociedade que respondam aos problemas dessa sociedade. Aos 33 milhões que estão passando fome, aos 125 milhões que não possuem reserva de dinheiro em casa, aos 50 milhões que estão no desalento e no desemprego, aos 39 milhões que estão na informalidade, com todo tipo de insegurança, sem direito a férias e décimo terceiro", apontou Vera.

Tais características apontadas pela socialista não estão - segundo ela - englobadas no plano de governo de Lula, líder nas pesquisas de intenção de voto. Vera coloca que o petista faz democracia para os ricos. "Nós temos que dizer de onde nós vamos tirar. Não pode ser Lula que diz não saber como é que vai fazer para resolver o problema do desemprego porque tem a indústria automatizada", exemplificou a candidata.

E para solucionar o problema do desemprego, Vera planeja diminuir a carga horária dos trabalhadores para 30 horas semanais (o atual formato é de 44 horas por semana), proposta que, segundo ela, iria gerar 10 milhões de empregos imediatos.

Além disso, caso se torne presidente, ela planeja estatizar as 100 empresas mais ricas do Brasil. "Nosso projeto tem como prioridade garantir que o trabalho seja repartido entre todos que precisam trabalhar, deferentemente do que ocorre hoje, onde o trabalhador é escolhido para dar lucro para as empresas privadas", destacou Vera.

"Se isso não for o suficiente, nós temos que criar mecanismos para garantir que todas as pessoas que estão fora do trabalho formal, elas voltem a trabalhar. Esse tipo de projeto você não pode fazer abraçado com os capitalistas. Lula e Bolsonaro, os dois possuem um empresário para chamar de seu", finalizou.

 

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