Com um terço das cadeiras renovadas nas eleições deste domingo, 2, o Senado Federal ganha mais representantes da direita a partir da próxima legislatura. Dos 27 senadores eleitos, 16 são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), entre eles quatro ex-ministros. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é endossado por oito deles e três parlamentares não manifestam ligação com nenhum dos dois candidatos.
No geral, os partidos de direita emplacaram 19 nomes. Os ex-ministros Damares Alves (Republicanos-DF), Marcos Pontes (PL-SP), Tereza Cristina (PP-MS) e Rogério Marinho (PL-RN) saíram vitoriosos das urnas colando suas campanhas ao nome de Bolsonaro. Essa foi também a estratégia adotada por Magno Malta (PL), no Espírito Santo, que volta à Casa após quatro anos.
Os eleitores brasileiros garantiram boa votação a candidatos identificados com o negacionismo científico durante a pandemia do novo coronavírus, mas também asseguraram o mandato de parlamentares que atuaram na CPI da Covid no Senado.
O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão, foi reeleito para mais oito anos. Na Bahia, o senador Otto Alencar (PSD) também conseguiu recondução ao cargo. Ambos tiveram atuação destacada na CPI. Aziz conduziu os trabalhos sem dar trégua às cobranças ao governo do presidente Bolsonaro.
Já Alencar costumava enfrentar representantes governistas na comissão e também os integrantes do Ministério da Saúde que eram chamados a depor. Alencar destacava o fato de ser médico e questionava o discurso do governo de incentivar o uso da cloroquina como tratamento precoce.
O PL, partido de Bolsonaro, saiu com oito das 27 cadeiras renovadas. O União Brasil, maior legenda do país, conseguiu emplacar cinco nomes. Já o PT elegeu quatro representantes, entre eles o ex-governador do Ceará, Camilo Santana.
Outro partido da base de apoio ao presidente no Congresso, o PP, saiu da disputa com três eleitos. Republicanos e PSD conseguiram eleger dois nomes cada, enquanto PSC e PSB ficaram com uma vaga cada.
Com a eleição deste domingo, o Senado terá o maior número de conservadores da história do período democrático do País. Os partidos de direita, com predomínio das legendas do centrão, também conquistaram maioria das cadeiras na Câmara dos deputados.
Acre: Alan Rick (União Brasil), apoiador de Bolsonaro
Alagoas: Renan Filho (MDB), apoiador de Lula
Amapá: Davi Alcolumbre (União Brasil), sem apoio de Lula e Bolsonaro
Amazonas: Omar Aziz (PSD), apoiador de Lula
Bahia: Otto Alencar (PSD), apoiador de Lula
Ceará: Camilo Santana (PT), apoiador de Lula
Distrito Federal: Damares Alves (Republicanos), apoiadora de Bolsonaro
Espírito Santo: Magno Malta (PL), apoiador de Bolsonaro
Goiás: Wilder Morais (PL), apoiador de Bolsonaro
Maranhão: Flávio Dino (PSB), apoiador de Lula
Mato Grosso: Wellington Fagundes (PL), apoiador de Bolsonaro
Mato Grosso do Sul: Tereza Cristina (PP), apoiadora de Bolsonaro
Minas Gerais: Cleitinho (PSC), apoiador de Bolsonaro
Pará: Beto Faro (PT), apoiador de Lula
Paraná: Sergio Moro (União Brasil), apoia informalmente Bolsonaro
Paraíba: Efraim Filho (União Brasil), sem apoio formal a Bolsonaro e Lula
Pernambuco: Teresa Leitão (PT), apoiador de Lula
Piauí: Wellington Dias (PT), apoiador de Lula
Rio de Janeiro: Romário (PL), apoiador de Bolsonaro
Rio Grande do Norte: Rogério Marinho (PL), apoiador de Bolsonaro
Rio Grande do Sul: Hamilton Mourão (Republicanos), apoiador de Bolsonaro
Rondônia: Jaime Bagattoli (PL), apoiador de Bolsonaro
Roraima: Dr. Hiran (PP), apoiador de Bolsonaro
Santa Catarina: Jorge Seif (PL), apoiador de Bolsonaro
São Paulo: Marcos Pontes (PL), apoiador de Bolsonaro
Sergipe: Laércio (PP), apoiador de Bolsonaro
Tocantins: Professora Dorinha (União Brasil), sem apoio formal a Bolsonaro e Lula
Com Agência Estado