Os mais de 5,6 milhões de cearenses que foram às urnas ontem mantiveram cerca de 68% da composição da bancada cearense na Câmara dos Deputados. PDT, assim como há quatro anos, foi o partido que mais elegeu parlamentares. Entretanto, na próxima legislatura, a legenda terá a companhia do PL já que ambos elegeram cinco políticos, cada.
As demais representações ficaram por conta do União Brasil (UB), antigos PSL e DEM, que conseguiu quatro deputados. A lista é completada por PT e PSD com três, cada, além de Progressistas e MDB, que fizeram um, cada.
A votação deste ano reduziu pela metade o número de partidos representados na Câmara. Em 2018, 14 partidos diferentes conseguiram levar representantes à Casa no Ceará. No entanto, esse número caiu para sete nas eleições deste ano.
A votação mais expressiva foi de André Fernandes (PL), um dos principais representantes do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Ceará, que obteve 229.509 votos. Ele já havia sido o político mais votado na Assembleia Legislativa há quatro anos.
O político do PL é seguido por Júnior Mano (PL) e Célio Studart (PSD), ambos reeleitos, e que obtiveram 216.531 e 205.106 sufrágios, respectivamente. Uma das novidades na Câmara para a legislatura do ano que vem é Eunício Olivieira (MDB). O ex-presidente do Congresso Nacional reassumirá um mandato após derrota na disputa pelo Senado em 2018.
Matheus Noronha (PL), Fernanda Pessoa (UB), Luiz Gastão (PSD), Yury do Paredão (PL) e Dayane do Capitão (UB), também serão novidades na Câmara a partir de 2023. A esposa de Capitão Wagner (UB), que foi derrotado na disputa pelo Governo do Ceará, era uma das apostas para herdar os votos do político.
Entre as legendas que mais elegeram deputados, o PT teve como líderes a ex-prefeita de Fortaleza José Guimarães e Luizianne Lins, que foram escolhidos por 186.136 e 182.232 eleitores, respectivamente. Ambos conseguiram manter a vaga que haviam conseguido há quatro anos. Pelo PDT, o que mais recebeu votos foi Idilvan Alencar, com apoio de 187.433 do eleitorado.
Alguns nomes bolsonaristas que eram cotados para assumir uma vaga na Câmara acabaram ficando de fora. Um dos casos é o de Mayra Pinheiro (PL). A ex-titular de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu 71.214 votos e não se elegeu. Delegado Cavalcante (PL), que há alguns dias havia falado sobre “ganhar eleição na bala” caso o atual chefe do Executivo não fosse eleito, teve apenas 24.379 sufrágios e também ficou de fora.