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"Quem elegeu Elmano foi a onda Lula", diz Capitão Wagner
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"Quem elegeu Elmano foi a onda Lula", diz Capitão Wagner

| Campanha | Candidato derrotado, Wagner atribuiu a vitória do adversário petista na briga pelo Governo a uma onda em torno do ex-presidente Lula no Ceará
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Wagner (UB) discursa ao lado de Kamila Cardoso (Avante) e aliados após terminar eleição em segundo lugar (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Wagner (UB) discursa ao lado de Kamila Cardoso (Avante) e aliados após terminar eleição em segundo lugar

Segundo colocado na disputa pelo Governo do Ceará, Capitão Wagner (União Brasil) atribuiu a vitória de Elmano Freitas (PT) ainda no primeiro turno à influência política do ex-presidente Lula no Estado.

"Se fosse uma eleição do Ceará somente, não tenho dúvida de que a gente tinha ganho no primeiro turno. Mas a influência nacional alçou à condição de governador o Elmano, que foi escolhido de última hora. É muito claro pra mim que quem elegeu Elmano foi a onda Lula", declarou o candidato ontem.

Em coletiva depois de divulgado o resultado da disputa, Wagner avaliou o desempenho no pleito, no qual terminou com 31,72% dos votos, ante 54,02% de Elmano.

Ainda de acordo com ele, "quando a onda vem, fica muito difícil segurar, assim como aconteceu em 2018 com uma onda inversa", disse, referindo-se ao fenômeno de votos de concorrentes bolsonaristas na esteira da eleição do então candidato à Presidência pelo PSL.

Wagner citou então o caso de ACM Neto, nome do União Brasil ao Governo da Bahia. "A gente viu ACM, por exemplo, que estava lá pra bater a eleição no primeiro turno e ficar numa situação bem difícil também", comparou.

"Mas, como eu disse, a onda veio e levou o Elmano junto", continuou, "só cabe a mim agora desejar sorte pra ele e desejar sorte pro senador Camilo, que foi eleito".

Embora não tenha sido vitorioso na corrida estadual, Wagner foi melhor na capital cearense. "O resultado em Fortaleza foi maravilhoso, a gente ganhou a eleição na Cidade", falou, apontando em seguida para Kamila Cardoso (Avante), que postulou vaga no Senado.

"A Kamila superou as expectativas, teve uma votação quase igual à minha. Ela se torna uma grande liderança no Estado a partir dessa votação. Incrivelmente ela tirou quase o dobro do número de votos do Roberto Cláudio, um candidato extremamente competitivo e qualificado", afirmou.

Sobre a postura que deve adotar no segundo turno entre o ex-presidente Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), o candidato do União Brasil respondeu que, inicialmente, vai se reunir com dirigentes do partido do mandatário, entre eles o prefeito do Eusébio Acilon Gonçalves, antes de tomar qualquer decisão.

Questionado se considera pedir votos para Bolsonaro no Ceará, Wagner acrescentou: "Considero, vou conversar com o PL, sem qualquer problema. Repito: com a postura que adotei no primeiro turno. Não vou adotar postura bélica, mas uma postura de argumentos, respeitando o adversário, como respeitei no primeiro turno. Não é porque a gente não venceu a eleição que vou agir com ódio".

Já em relação a seu futuro político e eleitoral, o candidato ponderou que "ainda está muito cedo" e que merece "um pouco de descanso".

"São sete eleições seguidas", assinalou, "eu não vou dizer que não eu vá disputar eleição em 2024, mas é muito cedo pra fazer esse debate. Estou muito convicto que a minha missão é liderar um grupo do União que foi eleito".

Deputado federal mais bem votado em 2018, Wagner abriu mão da tentativa de reeleição a uma cadeira no Legislativo para concorrer ao Governo.

Essa foi a terceira vez que ele pleiteou cargo no Executivo. As duas anteriores foram em 2016, quando perdeu para Roberto Cláudio na briga pelo Paço, e 2020, quando foi vencido por José Sarto (PDT).

União

A bancada do União Brasil terá quatro deputados federais. Entre eles, Dayany Bittencourt, conhecida como "Dayany do Capitão", esposa de Wagner

 

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