Logo O POVO+
Ciro Gomes segue PDT em apoio a Lula no 2º turno
Politica

Ciro Gomes segue PDT em apoio a Lula no 2º turno

| EMBATE FINAL | Ex-ministro do governo do petista não citou nome do ex-presidente e disse que rejeita cargos
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
 CIRO  endossou posição do PDT e disse que apoio a Lula é a 'última saída' (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA  CIRO endossou posição do PDT e disse que apoio a Lula é a 'última saída'

O ex-candidato a presidente Ciro Gomes seguiu a decisão unânime tomada pela executiva nacional do PDT, de apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato ao terceiro mandato presidencial e contra quem o pedetista subiu o tom em vários momentos da campanha, seja em peças ou em debates na televisão.

Havia expectativa sobre se ele acompanharia a posição dos trabalhistas com um gesto público. E, ocorrendo, com que ênfase. É possível que hoje Simone Tebet (MDB), também ex-candidata a presidente, se some ao palanque do petista.

O PDT firmou o apoio em cima de bases programáticas. Isto é, para aderir a Lula, pediu ao PT que incorporasse em seu programa propostas defendidas por Ciro na campanha. A renegociação das dívidas dos brasileiros, escolas em tempo integral, um programa de renda mínima e a criação de um novo código nacional do trabalho.

Em vídeo levado às redes sociais, o ex-ministro afirmou que foi vítima de uma "campanha violenta" para que largasse a disputa antes da votação em primeiro turno, mas não citou Lula abertamente.

"Meus amigos e minhas amigas, acabamos de realizar uma reunião da executiva nacional ampliada do PDT em que por unanimidade nós tomamos uma decisão. Eu gravo esse vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT. Frente às circunstâncias, é a última saída", afirmou.

Ele disse entender que o principal risco à democracia não vem de Jair Bolsonaro (PL) e de suas ameaças de não aceitar o resultado das urnas eletrônicas, vigentes no País desde 1996, mas da polarização estabelecida entre o PT e o atual presidente, fator que tem inviabilizado o surgimento de alternativas, como ele se propôs a ser.

"Ao contrário da campanha violenta da qual fui vítima, nunca me ausentei ou me ausentarei da luta pelo Brasil. Sempre me posicionei e me posicionarei na defesa do País contra projetos de poder que levaram nosso povo a essa situação grave e ameaçadora", disse o ex-governador do Ceará.

E adicionou: "Espero que essa decisão ajude a oxigenar, temporariamente que seja, a nossa democracia. Mas se não houver a busca efetiva de novos ares, de novos instrumentos, estaremos a mercê de um respirador artificial frágil e precário, limitadíssimo no tempo e no espaço."

Ciro frisou que não aceitará qualquer cargo em eventual futuro governo Lula. Seria um "carguinho de ministro", como definiu suposto espaço em eventual governo Lula em troca do qual Camilo Santana (PT), senador eleito, teria decidido fazer defesa aberta do nome do petista, já no primeiro turno.

Camilo, por sinal, afirmou que esperava que o gesto fosse mais firme. "Esperava uma posição mais firme do Ciro, uma declaração mais objetiva de apoio ao Lula. Mas o importante é que o PDT tomou essa posição oficial. Eu considero que o Bolsonaro é uma ameaça à democracia desse País. Portanto, todas as forças democráticas, de centro-esquerda, precisam se unir para garantir a vitória do Lula no 2º turno", afirmou o senador eleito em entrevista à GloboNews.

No petismo, porém, a tônica geral das repercussões foram na linha de elogiar o gesto de Ciro, explorando-o ao máximo a favor de Lula.

 

O que você achou desse conteúdo?