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Bolsonaro, Michelle e Damares têm agenda prevista no Ceará
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Bolsonaro, Michelle e Damares têm agenda prevista no Ceará

| Campanha | Michelle Bolsonaro visita o Ceará na próxima sexta-feira, 14, ao lado de Damares Alves
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Ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (Foto: EVARISTO SA / AFP)
Foto: EVARISTO SA / AFP Ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama Michelle Bolsonaro têm visita prevista para o Ceará durante a campanha eleitoral.

Candidato à reeleição, Bolsonaro deve se encontrar com apoiadores na capital cearense no próximo dia 25 de outubro, a cinco dias da votação do segundo turno.

A esposa do mandatário, porém, cumpre roteiro no estado antes disso. Já na sexta-feira, 14, Michelle participa de evento com mulheres em Fortaleza.

Ao lado da ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), a primeira-dama também estará em uma agenda com religiosos.

As informações foram confirmadas por aliados do presidente, entre eles a ex-secretária Mayra Pinheiro (PL).

No entanto, outros aliados do mandatário projetam outra data da visita dele ao Ceará. Segundo o coordenador da campanha à reeleição do presidente no Estado, deputado federal eleito André Fernandes (PL), Bolsonaro virá ao Ceará neste sábado, 15, para atos de campanha no 2º turno.

Segundo Fernandes, Bolsonaro deve falar com eleitores, fazer alguma visita e se reunir com lideranças religiosas e políticas. Até agora, a viagem do presidente prevê passagem apenas por Fortaleza. A ideia, no entanto, é que ele também vá a Canindé, participar de uma romaria até o município.

Para a próxima sexta-feira, a passagem de Michelle pelo Ceará, que começa às 17 horas e se estende até as 19h, tem o objetivo de tentar ampliar a votação do presidente no estado.

Entre o eleitorado cearense, Bolsonaro terminou o primeiro turno com 25,3% dos votos, contra 65,9% do ex-presidente Lula (PT) e 6,8% de Ciro Gomes (PDT).

Evangélicas, Michelle e Damares estão à frente de uma série de conversas com mulheres em capitais brasileiras. O segmento feminino é um dos que mais rejeitam Bolsonaro, segundo as pesquisas.

Para recuperar desempenho e reduzir a distância em relação a Lula, que vem liderando as sondagens de voto até aqui, Bolsonaro precisa atenuar a resistência que essa faixa do eleitorado tem a seu nome.

A entrada de Michelle e Damares mais ativamente nos eventos de campanha também se presta a mobilizar a agenda conservadora, principalmente a evangélica.

Bolsonaro, que já encabeça a preferência dos eleitores nesse setor, quer ampliar a dianteira para compensar eventual crescimento de Lula noutras faixas.

Ex-titular da pasta da Família, Mulheres e Direitos Humanos, Damares vem ao estado em meio a polêmicas em torno de falas sobre estupro de crianças. A ex-ministra sugeriu, durante encontro em Goiânia no último fim de semana, que crianças brasileiras estariam sendo sequestradas e abusadas.

A senadora eleita pelo Distrito Federal não disse, porém, se o governo Bolsonaro agiu de algum modo para coibir o suposto crime. Um grupo de advogados pediu ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) que apure se o episódio é verídico e se, em caso de comprovação, o que o Executivo teria feito.

Já Michelle vem mantendo a retórica de que o segundo turno não é uma disputa política, mas uma "guerra espiritual". O discurso é uma forma de assegurar a adesão de neopentecostais à candidatura de Bolsonaro, identificando o presidente com uma espécie de liderança do rebanho.

A imagem da primeira-dama pretende ainda suavizar a do mandatário, cuja conduta machista, uma de suas marcas, é explorada pela propaganda de Lula nesta etapa.

Embora tenha reservado espaço na agenda para o Nordeste na reta final da corrida, Bolsonaro sabe que terá dificuldades para penetrar na região, onde o adversário petista abre larga vantagem.

Apoiadores de Lula apostam exatamente na ampliação dessa superioridade para o ex-presidente, estimando índices de até 70% de eleitorado na votação do dia 30 de outubro.

Na última semana, a campanha do petista usou declaração de Bolsonaro sobre o voto do nordestino contra o próprio presidente. A afirmação, que relaciona o voto na região aos números de analfabetos, foi feita durante uma live do presidente nas redes sociais.

 

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