Candidato do prefeito José Sarto (PDT) na disputa pelo comando da Câmara de Fortaleza, o vereador pedetista Gardel Rolim tenta ampliar base para assegurar eleição para a presidência. A eleição para a chefia do parlamento será em 1º de dezembro.
Hoje chefe do Legislativo municipal, Antônio Henrique (PDT) deixará a cadeira a partir de 2023 para assumir mandato como deputado estadual.
Em seu lugar, as forças governistas tentam emplacar Gardel, que já conta com maioria da bancada do PDT na Câmara e mantém conversas com outras legendas.
Ao O POVO, o vereador afirmou ontem que já deu início a uma rodada de conversas "com alguns grupos e partidos, que devem se afunilar nesta semana".
"Estou ouvindo as bancadas, os pleitos, vamos procurar construir a chapa respeitando a proporcionalidade dos partidos, com diálogo e de forma aberta. Vamos evoluir", afirmou.
Segundo ele, as articulações se estendem para além do PDT, incluindo siglas como o PSB e mesmo o PT. "Temos conversado com vereadores dos mais diversos campos, da esquerda, da direita e do centro", apontou, acrescentando que vem procurando "membros do PSB e mantendo algumas conversas mais superficiais com vereadores do PT".
Em seguida, o líder do governo Sarto contou que "existe um vereador do PSB que tem se colocado à minha disposição, acha que o projeto que a gente representa é mais consistente".
Como principal pauta, Gardel citou o fortalecimento da "Escola do Parlamento para debater os grandes temas municipais".
Gardel, no entanto, pode ter a concorrência do colega Leo Couto, do PSB, que se distanciou do governismo durante a eleição para o Governo do Estado, quando apoiou Elmano Freitas (PT) ao Executivo.
Também em conversa com O POVO, Couto assegurou que estava "construindo uma candidatura" para postular a presidência da Câmara.
"A gente está concretizando uma chapa que teria PT, Psol e PSB de partida. É um ponto de largada, haja visto o último pleito", explicou.
Nas eleições de 2022, o vereador, mesmo no PSB, declarou voto em Camilo Santana e Elmano - a legenda socialista decidiu apoiar Roberto Cláudio (PDT) para o Abolição.
Couto chegou a sofrer represália da sigla, sendo destituído da direção do PSB em Fortaleza por Dênis Bezerra, presidente do partido no Ceará e deputado federal.
"Eu me portei ao lado do governador (Camilo) por toda a ligação que tenho. São meus líderes, Cid, Elmano e Camilo. São eles que eu escuto", considerou o parlamentar.
Caso leve adiante a candidatura, Couto deve enfrentar Gardel Rolim na briga pela sucessão de Antonio Henrique.