O senador Cid Gomes (PDT) disse que fará o possível para reunificar a base aliada em torno de PT e PDT. Mas, ao ser questionado se o racha eleitoral está ou não superado, ele disse ter a mesma dúvida. O parlamentar foi questionado sobre o assunto ao visitar a Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) ontem para debater o modelo de repasse das emendas de bancada.
"A expectativa, senador, é sobre como se comporta o PDT no próximo governo, se será a base ou não ou se a eleição está superada ou não", questionou um repórter. Cid respondeu: "A minha também. A minha (expectativa) também, né? Tem tempo, não precisa ter angústia não. O governo só assume no dia 1º de janeiro. Daqui até lá tempo de a gente amadurecer uma posição que seja mais próxima do consenso possível".
Cid se reuniu em sessão especial da AL-CE com deputados estaduais e federais para discutir as emendas de bancada ao orçamento federal. O senador defende destinação coletiva das verbas.
Em conversa com jornalistas, Cid ressaltou que o PDT discutirá o assunto e enfatizou que está apenas dando a própria opinião. "Quem sou eu se não uma opinião só?"
O senador reforçou que o PDT está hoje na base do governo. "Nós somos base do governo Izolda, o PDT participa do governo da Izolda."
Cid repetiu que o afastamento entre PT e PDT aconteceu por razões alheias à vontade dele. "Minha posição pessoal, com todo respeito a cada um que pensa diferente, é de que nós, durante 16 anos, integramos, participamos, fomos formuladores, fomos executores de um projeto que tem sempre procurado se aperfeiçoar, melhorar, corrigir os erros, mas é um projeto que, ao meu modesto juízo, tem feito bem ao Estado do Ceará. Infelizmente, na eleição, esse conjunto de forças se dividiu em duas forças".
E aponta: "O que eu defendo é que, passadas as eleições, a gente possa reunificar esse conjunto de forças que, ao meu juízo, tem feito bem ao Ceará. Tudo que estiver ao meu alcance para reagrupar e voltarmos a ser aqui no Ceará a mesma base, o mesmo conjunto de forças, uma mesma aliança, eu farei".