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Entenda o que está em jogo na disputa pelo comando da CMFor
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Entenda o que está em jogo na disputa pelo comando da CMFor

| PRESIDÊNCIA DA CÂMARA | Disputa entre Gardel Rolim contra Leo Couto é outra consequência do fim da aliança PT-PDT no Ceará. Resultado do embate tem reflexos nas eleições municipais de 2024
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Gardel Rolim, presidente da Câmara Municipal de Fortaleza (Foto: Divulgação / assessoria)
Foto: Divulgação / assessoria Gardel Rolim, presidente da Câmara Municipal de Fortaleza

A menos de 20 dias para a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), datada para 1º de dezembro, o vereador Leo Couto (PSB) trabalha para equilibrar o cenário da disputa que trava com o atual líder do PDT na Casa, o vereador Gardel Rolim. A candidatura trabalhista vem do grupo do prefeito José Sarto (PDT), enquanto a de Couto é encorajada pelo senador eleito Camilo Santana (PT) e pelo governador eleito Elmano Freitas (PT).

Na prática, é mais um momento em que as duas partes da antiga aliança estadual liderada por PT e os irmãos Ciro e Cid Gomes, hoje pedetistas, medem forças. A última oportunidade foi protagonizada por Elmano e Roberto Cláudio, com vantagem para o lado petista na corrida ao Palácio da Abolição.

Embora filiado ao PSB, partido que integrou a aliança com a qual o ex-prefeito RC pediu votos neste ano, o parlamentar de primeiro mandato declarou voto em Elmano para governador do Ceará. Foi removido, com isso, da direção do PSB em Fortaleza pelo deputado federal Dênis Bezerra, dirigente da sigla a nível estadual.

A Presidência do Parlamento municipal ocupada por Couto significaria, na perspectiva da dupla Camilo-Elmano, o controle de três máquinas, considerando nesta conta o Governo do Ceará e a Assembleia Legislativa, com a possibilidade clara de Evandro Leitão, do PDT, mas camilista, ser reconduzido à direção da Casa. Num horizonte não tão distante, o domínio desses espaços tem impacto direto na disputa pela Prefeitura de Fortaleza.

Gardel, por sua vez, parte de uma base que lhe confere mínima tranquilidade política, a da numerosa bancada do PDT, com 13 vereadores, entre os quais o atual dirigente da Câmara Municipal, o deputado estadual eleito Antônio Henrique (PDT).

Conforme publicado pelo colunista do O POVO, Carlos Mazza, Rolim contabiliza em torno de 20 votos, ao passo que Couto totaliza algo próximo a 10 apoios. O jornalista informa que a entrada de Camilo na disputa, operando em favor do pessebista, pode alçá-lo a 15 votos, aproximando-se do adversário do PDT.

A matemática da candidatura do PSB passa ainda pelos vereadores de oposição, à direita e à esquerda, à gestão Sarto. A ala conservadora da oposição é formada por Carmelo Neto (PL), Inspetor Alberto (PL), Priscila Costa (PL), Sargento Reginauro (União Brasil), Danilo Lopes (Podemos), Ronaldo Martins (Republicanos) e Julierme Sena (União Brasil). Há ainda os parlamentares do Psol, Gabriel Aguiar e Adriana Nossa Cara. Jorge Pinheiro, do PSDB, integra o cálculo.

Em nota sobre a disputa contra Rolim, o candidato do PSB afirmou que vereadores estão sendo pressionados a aderirem à candidatura do PDT.

"Ver que colegas vereadores estão sendo pressionados a votar em um candidato específico em detrimento de perseguição ou medo, deixa de ser um embate democrático e passa a ser desrespeitoso e abusivo. Democracia ou ditadura?!", questiona.

Ele complementa: "Toda disputa é saudável para que se fortaleça a democracia, aceito este embate, porém não posso corroborar com desrespeito, inverdades e injustiça à minha índole. Finalizo dizendo: a soberba está naqueles que não aceitam a divergência."

Também em nota, Rolim optou por se esquivar do confronto direto com o adversário, afirmando que "aos parlamentares, devemos respeito". Ele segue: "Em nossa atividade, somos motivados a promover as discussões que a cidade precisa e enfrentar os desafios que ela nos impõe, tendo como motivação maior a confiança depositada por nosso povo em cada vereador. Trabalhemos para isso."

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