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Veveu Arruda, marido de Izolda, é 3º cearense na equipe de transição de Lula
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Veveu Arruda, marido de Izolda, é 3º cearense na equipe de transição de Lula

Ex-prefeito de Sobral vai integrar Grupo de Trabalho da Educação. Governadora cearense é uma das cotadas a assumir o MEC
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VEVEU Arruda é professor, advogado, ex-prefeito de Sobral e esposo de Izolda Cela
 (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO VEVEU Arruda é professor, advogado, ex-prefeito de Sobral e esposo de Izolda Cela

O ex-prefeito de Sobral, José Clodoveu de Arruda Coelho (PT), conhecido como Veveu Arruda e marido da governadora Izolda Cela (sem partido), foi confirmado como integrante da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Veveu é o terceiro cearense a integrar a equipe responsável por planejar a transferência de gestão no Palácio do Planalto e deve participar do Grupo de Trabalho da Educação

O nome de Veveu foi anunciado ontem por Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição do governo Lula.

O sobralense é professor e advogado. Entre 1997 até 2016 foi secretário municipal, vice-prefeito e prefeito de Sobral, tendo distinção especial a política educacional. A gestão foi marcada com bons números de melhoria rede pública municipal, conforme o índice de Oportunidade da Educação Brasileira o (IOEB), em 2015.

O petista também é diretor executivo da Associação Bem Comum, fundada em 2018, que tem como objetivo contribuir para elaborar e/ou executar políticas públicas em áreas que promovam o desenvolvimento humano integral nos aspectos da educação.

A instituição se propõe a formar profissionais da gestão pública, com atuação na rede de escolas municipais e na gestão da educação dos diversos estados. Também se diz responsável pelos programas Educar pra Valer (EpV) e da Parceria pela Alfabetização em Regime em Colaboração (PARC), em parceria com outras conceituadas organizações não governamentais (ONGs).

Veveu se junta a outros dois cearenses que já integram a transição petista. Uma delas é a professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e jornalista Helena Martins, que irá compor o núcleo de Comunicações. Completa o trio o integrante do diretório estadual do PT no Ceará, Rubens Linhares Mendonça Lopes, que foi nomeado junto com outros seis nomes para o grupo técnico de Direitos Humanos.

A indicação de Veveu pode fortalecer o nome de Izolda Cela no Ministério da Educação do governo Lula a partir de 2023. Hoje sem partido, a governadora vem sendo citada como um dos possíveis nomes para compor a equipe do futuro governo petista, alçada à condição de potencial titular do MEC.

Izolda já foi secretária da Educação em Sobral e também no Governo do Ceará, sendo reconhecida pela melhoria nos índices de qualidade de ensino. Uma das ações de sucesso é o Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), que virou modelo para outras experiências no País.

Além de Veveu, Alckmin anunciou outros nomes para o Grupo de Trabalho de Educação da equipe de transição. Neca Setubal é uma das herdeiras do grupo Itaú e reconhecida por anos de atuação na área de educação pelo terceiro setor. Ela preside o Conselho da Fundação Tide Setubal e é histórica apoiadora da ex-ministra Marina Silva (Rede), eleita deputada federal. A educadora é formada em Ciências Sociais, com mestrado em Ciência Política e doutorado em Psicologia da Educação. 

Também integram o grupo Henrique Paim, ex-ministro da Educação, Teresa Leitão (PT), ex-deputada estadual e senadora eleita por Pernambuco, e Priscila Cruz, presidente executiva do Todos pela Educação.

Uma das maiores especialistas em Educação Pública do Brasil, Priscila Cruz defendeu de forma enfática uma possível indicação da governadora Izolda Cela como ministra da Educação do governo Lula. Em entrevista à CBN Brasil, a dirigente destacou que a governadora reúne, “como poucas pessoas no Brasil”, uma série de “requisitos muito importantes para a gestão federal da Educação”. Neste sentido, ela destaca a experiência de Izolda tanto em gestão municipal, como ex-secretária em Sobral, como estadual, como secretária de Estado e governadora.

“Ela (Izolda) é mulher, é do Nordeste, é uma pessoa absolutamente reconhecida na comunidade educacional como alguém que é capaz de colocar de pé, implementar, políticas que são baseadas em evidências. Acho que é isso que a gente precisa, a gente saiu de quatro anos de políticas absolutamente erráticas, com base muito forte em ideologia, achismo”, disse Priscila.

 

 

 

 

Entrevista com a ex-jogadora de vôlei Ana Moser
Foto: Marcos Campos, em 02/07/2009
Entrevista com a ex-jogadora de vôlei Ana Moser Foto: Marcos Campos, em 02/07/2009

Alckmin anuncia Ana Moser e Raí em Esportes e Boulos em Cidades

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou ontem nomes da equipe de transição do governo Lula para os grupos de Esportes, Infraestrutura, Cidades e Juventude. O deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol-SP) e o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) estarão no grupo de Cidades, enquanto os ex-jogadores de vôlei, Ana Moser, e de futebol, Raí, no de Esportes.

Os dois ex-atletas são membros fundadores do grupo Esporte Pela Democracia. Raí esteve com a seleção brasileira que conquistou o tetracampeonato mundial nos Estados Unidos em 1994 e foi ídolo em clubes como São Paulo e Paris Saint-Germain. Após se aposentar dos gramados, foi diretor de futebol do São Paulo e, hoje, comanda a Fundação Gol de Letra.

Ana Moser, por sua vez, é considerada uma das maiores atacantes da história do vôlei brasileiro. Ela serviu a seleção que trouxe a primeira medalha olímpica para o voleibol feminino, o bronze nos Jogos de Atlanta em 1996.

Além da dupla, foram confirmados no grupo Edinho Silva, prefeito de Araraquara, Isabel Salgado, ex-jogadora de vôlei, José Luis Ferrarezi, ex-vereador de São Bernardo do Campo, Marta Sobral, ex-jogadora de basquete, Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Nádia Campeão, ex-vice-prefeita de São Paulo e Verônica Silva Hipólito, atleta paralímpica.

Escalado para o grupo técnico de Cidades, Guilherme Boulos foi, neste ano, o deputado federal mais votado por São Paulo. É formado em Filosofia e mestre em Psiquiatria. Integrante da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Boulos foi candidato à Presidência em 2018 e à Prefeitura de São Paulo em 2020. 

Márcio França, por sua vez, foi governador de São Paulo entre abril e dezembro de 2018, quando substituiu Alckmin que concorreu às eleições presidenciais daquele ano ainda pelo PSDB. Neste ano, França concorreu ao Senado pelo estado paulista, no entanto não conseguiu conquistar a única cadeira pelo estado, tendo alcançado 36,27% dos votos, o equivalente a 7.822.518 votos, ficando na segunda posição.

Também compõem a lista no grupo de Cidades nomes como Ermínia Maricatto e Nabil Bonduki, arquitetos e professores na Universidade de São Paulo (USP); a ex-ministra das Cidades Inês Magalhães (2016); os prefeitos José de Filippi (Diadema) e João Campos (Recife).

 

 

 

Governo de transição ouve primeiras cobranças durante a COP-27

Parte do que pode ser o núcleo ambiental do governo Lula se reuniu ontem no espaço dedicado à sociedade civil brasileira na Conferência do Clima da ONU (COP-27), em Sharm El-Sheik, no Egito, e já ouviu a primeira cobrança. Deputada federal eleita por São Paulo, Sonia Guajajara disse que os indígenas ainda esperam ser chamados pelo novo presidente para discutir os rumos da criação de um ministério para os povos originários.

O encontro também foi marcado pela entrega - a nomes como os das ex-ministras Marina Silva e Izabella Teixeira - de quase uma dezena de planos e propostas por representantes das principais entidades ambientalistas brasileiras.

Segundo Guajajara, o caminho deve ser a criação de um ministério, o que teria mais força e representatividade do que uma secretaria especial. "Minha cobrança foi no sentido de que o povo indígena seja chamado para discutir como vai ser o funcionamento desse ministério", disse. "Acho que uma secretaria não serve. E qualquer nome que esteja sendo especulado depende da aprovação da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil)."

O nome dela é o mais forte para assumir a pasta prometida por Lula ainda durante a campanha. A criação do ministério é vista como um passo importante na marcação de uma posição antagonista ao do governo de Jair Bolsonaro, criticado pelo desmonte dos órgãos de controle ambiental e também da Funai.

A futura parlamentar foi aplaudida por um auditório lotado e com pessoas sentadas no chão. No local se reuniram, além de Marina e Izabella, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Eliziane Gama (Cidadania-MA), os deputados Alessandro Molon, Joênia Wapichana e Rodrigo Agostinho, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, todos nomes ligados à pauta ambiental. A poucos metros estava um esvaziado pavilhão oficial do governo brasileiro.

Adesões

De acordo com a avaliação de Marcio Astrini, diretor do Observatório do Clima, uma das instituições a entregar suas propostas no Egito, a questão dos direitos indígenas é realmente urgente no País e precisa ser enfrentada logo no início da próxima gestão federal do presidente Lula.

Representante da Coalizão Brasil Clima, Floresta e Agricultura, José Carlos da Fonseca também vê urgência na questão debatida durante a campanha eleitoral. "Precisamos retomar a homologação das Terras Indígenas", analisou o especialista.

Infraestrutura

O grupo de trabalho da Infraestrutura do novo governo contará com nomes como o do mestre em economia e ex-presidente do Banco Fator Gabriel Galipolo, da ex-ministra do Planejamento durante o governo Dilma Rousseff Miriam Belchior, e ex-ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos do Brasil Maurício Muniz, entre outros. Os nomes foram anunciados nesta segunda-feira (14) pelo coordenador da equipe de transição e vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), em São Paulo.

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