Dentro de menos de quatro semanas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomará posse como presidente da República. Daqui a uma semana, ele estará diplomado — condição para ser empossado. Depois da diplomação, marcada para o dia 12, Lula disse que começará a anunciar os ministros. O presidente afirmou que já tinha definido 80% da equipe.
Na política do Ceará, a expectativa é de que o Estado volte a ter um ministro — ou ministra. O deputado federal José Guimarães, vice-presidente do PT nacional e nome forte nos bastidores, assegurou que o partido terá representação, conforme disse na semana passada em entrevista às rádios O POVO CBN e CBN Cariri. E, segundo noticiou nesta segunda-feira, 5, o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, o nome deverá ser o da governadora do Ceará, Izolda Cela (sem partido), para o Ministério da Educação.
Ela tem apoio de nomes graduados do PT, além de entidades ligadas ao setor de educação. Izolda foi secretária estadual da área e comandou a política que deu ao Ceará alguns dos melhores resultados do País.
Outro cearense cotado é o ex-governador e senador eleito Camilo Santana (PT), cogitado para vários postos, em particular Cidades e Desenvolvimento Regional. Porém, considera-se improvável que ele e Izolda virem ministros. Ela era vice de Camilo e virou governadora em abril, quando ele renunciou para ser candidato a senador. No máximo um dos dois membros da chapa que governou o Ceará por oito anos deverá ter cargo.
Outros governadores e ex-governadores do Nordeste devem ter espaço de destaque na Esplanada dos Ministérios com Lula. Wellington Dias (PT), ex-governador do Piauí e senador eleito, Rui Costa (PT), governador da Bahia, Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco, e Jaques Wagner (PT), senador, ex-governador da Bahia, são cotados, inclusive para lugares no núcleo central do Palácio do Planalto. Wellington, Rui e Jaques Wagner são especulados na Casa Civil ou Secretaria de Governo.
Outro ex-governador, Flávio Dino (PSB), senador eleito pelo Maranhão, é dos poucos nomes já confirmados, conforme aliados relatam ter ouvido em jantares com Lula. Ele deverá ser o ministro da Justiça. Já Wellington é cogitado também na Fazenda. Porém, não é o mais cotado.
O Ministério da Economia será desmembrado e deverá voltar ao desenho que tinha antes de Bolsonaro, com uma pasta para o Planejamento e outra para a Fazenda. Esta última é a posição no governo que mais alimenta expectativas.
O favorito para a cadeira não é um nordestino, mas um sudestino: o paulistano Fernando Haddad. Ele se tornou um dos nomes mais fortes do PT e é cogitado em várias posições de destaque. Porém, o que se encaminha é para que seja o comandante da economia.
Lula teria intenção de repetir o desenho adotado por ele próprio ao tomar posse em 2003, com um político à frente da Fazenda — na época, era o médico Antonio Palocci, que acabou se tornando delator contra Lula e o PT. O mesmo modelo foi adotado por Itamar Franco quando indicou para o cargo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Tratava-se de comandos políticos com equipes de técnicos.
Uma das questões cruciais está na acomodação de Simone Tebet (MDB) no governo. A senadora foi terceira colocada na disputa presidencial e se engajou com vigor na campanha de Lula contra Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. É cogitada para o Desenvolvimento Social, mas petistas resistem a entregar uma pasta tão importante — com o comando do Bolsa Família — a uma potencial adversária na eleição de daqui a quatro anos.
Outra posição crucial para Lula é o Ministério da Defesa, dada a ascendência de Bolsonaro no meio. O ministro já estaria escolhido: o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro, que foi responsável pela articulação política no segundo governo Lula. Múcio se reuniu ontem com o presidente eleito.
Uma das pastas mais complexas, pela relação do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) com os militares
José Múcio Monteiro, ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-ministro das Relações Institucionais do governo Lula. Aliados afirmam que a escolha foi confirmada por Lula em jantares nos últimos dias
Flávio Dino (PSB), ex-governador do Maranhão. Já era sinalizado como ministro por Lula ainda na campanha. Segundo aliados do presidente eleito, teve a indicação confirmada por Lula em jantares nos últimos dias, assim como Múcio
Lula sinaliza que deverá escolher um político com uma equipe de técnicos
Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação de Lula e Dilma Rousseff (PT). É favorito para o posto
Rui Costa (PT), governador da Bahia, seria alternativa no caso de Haddad não ser escolhido, mas Lula ainda assim optar por um político no ministério
Alexandre Padilha (PT-SP), deputado federal, foi ministro das Relações Institucionais de Lula e da Saúde de Dilma. É outra alternativa política para a Fazenda
Wellington Dias (PT), ex-governador do Piauí e senador eleito
Pérsio Arida, economista, um dos pais do Real, seria opção por um técnico no comando da pasta. Porém, tem dito que não pretende ocupar cargo no governo
André Lara Resende, economista, outro dos formuladores do Real
Deverá ser desmembrado da Fazenda, na atual pasta da economia
Pérsio Arida, economista, cotado para a função, mas supostamente sem intenção de estar no governo
André Lara Resende, economista
Fernando Haddad (PT), favorito na Fazenda, teria no Planejamento uma alternativa, no caso de Lula optar por um economista na Fazenda
Rui Costa (PT), governador da Bahia, pode ir para o Planejamento se um economista for escolhido para a Fazenda
Alexandre Padilha (PT-SP), mesma situação de Costa
Wellington Dias (PT), mesma situação de Costa e Padinha
Wellington Dias (PT), ex-governador do Piauí e senador eleito
Rui Costa (PT), governador da Bahia
Jaques Wagner (PT), senador, ex-governador da Bahia, ocupou a vaga no governo Dilma. Foi também ministro de Lula
Fernando Haddad (PT), favorito para a Fazenda, é cotado também nesse posto
Alexandre Padilha (PT-SP), deputado federal, foi ministro das Relações Institucionais de Lula e da Saúde de Dilma
Jorge Viana (PT), ex-governador do Acre e ex-senador
Rui Costa (PT), governador da Bahia
Wellington Dias (PT), ex-governador do Piauí e senador eleito
Luiz Dulci (PT), professor e sindicalista, ocupou o cargo nos governos Lula
Gilberto Carvalho, muito próximo a Lula, foi chefe de gabinete dele e, nos governos Dilma, secretário-geral
Gilberto Carvalho, foi chefe de gabinete de Lula e secretário-geral da Presidência com Dilma
Luiz Dulci (PT), professor e sindicalista, secretário-geral dos primeiros governos Lula
Estratégica por coordenar os benefícios sociais
Simone Tebet (MDB-MS), senadora, terceira colocada na disputa presidencial, coordena a equipe de transição nesta área
Tereza Campello, ex-ministra da área no governo Dilma Rousseff
Eliziane Gama (Cidadania-MA), ex-deputada federal
Izolda Cela, governadora do Ceará, tem apoio de entidades da área para ser ministra
Simone Tebet (MDB-MT), senadora, é cotada também para o posto
Reginaldo Lopes (MG), líder do PT na Câmara dos Deputados
Fernando Haddad (PT), ex-ministro da área, cotado também em vários outros postos
Humberto Costa (PT-PE), senador, médico e ministro no primeiro governo Lula
Arthur Chioro, médico sanitarista, professor e ministro no governo Dilma
Alexandre Padilha (PT-SP), deputado federal, ministro de Dilma na área, é cotado também para esse cargo, mas é mais cotado em outras funções
Giovanni Guido Cerri, radiologista, professor da USP, ex-secretário da Saúde de São Paulo nas administrações Geraldo Alckmin
Gonzalo Vecina, médico sanitarista, professor da USP, ex-secretário da Saúde da Prefeitura de São Paulo na gestão Marta Suplicy, ex-diretor-presidente da Anvisa
Margareth Dalcolmo, pneumologista e pesquisadora da Fiocruz
Roberto Kalil Filho, cardiologista
Ludhmila Hajjar, cardiologista, foi convidada por Bolsonaro para ser ministra, mas recusou apontando "motivos técnicos". Afirmou que hoje não há hipótese de ser ministra
Márcio França, ex-governador paulista, cotado também nessa posição
Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar e presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
Carlos Fávaro (PSD-MT), senador
Neri Geller (Progressistas-MT), deputado federal e ex-ministro de Dilma Rousseff
Simone Tebet (MDB), senadora, é cotada também para essa pasta
Kátia Abreu (Progressistas), senadora e ex-ministra de Dilma Rousseff
Márcio França (PSB), ex-governador de São Paulo, foi indicado publicamente pelo PSB para ocupar a função
Guilherme Boulos (Psol-SP), deputado federal eleito, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST)
Camilo Santana (PT), ex-governador do Ceará e senador eleito, é cotado para a pasta no caso de Izolda não ser ministra da Educação. Foi secretário da área no governo Cid Gomes (PDT), no Ceará
Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, respeitado no meio jurídico e próximo a Lula
Vinícius Marques de Carvalho, advogado e ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco
Márcio França, ex-governador de São Paulo, cotado também para outros cargos, pretende ocupar a pasta de Cidades
Marina da Silva (Rede), deputada federal eleita por São Paulo, ex-ministra da área no governo Lula e ex-senadora
João Paulo Capobianco, biólogo, fotógrafo e ambientalista, próximo a Marina Silva
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), senador
Sônia Guajajara (Psol), deputada federal indígena eleita por São Paulo
Célia Xakriabpa (Psol), deputada federal indígena eleita por Minas Gerais
Beto Marubo, indígena, foi amigo e parceiro de Bruno Pereira, indigenista assassinato no Vale do Javari
Weibe Tapeba (PT), vereador em Caucaia, com apoio de setor do movimento indígena para a função
Será recriada e as especulações envolvem nomes de muita repercussão, mas não se sabe com qual disposição para o posto
Daniela Mercury, cantora
Chico César, compositor e cantor, ex-secretário da Cultura da Paraíba
Juca Ferreira, ex-ministro de Lula e Dilma
Flora Gil, empresária, esposa do compositor Gilberto Gil
Danilo Miranda, diretor do Sesc em São Paulo e professor
Elaine Costa, consultora em cultura digital e gestão cultural pública e privada, foi responsável pelo Programa Petrobras Cultural nos governos Lula e Dilma
Jandira Feghali (PCdoB-RJ), deputada federal,médica e baterista
Gabriel Chalita, ex-deputado federal e ex-secretário da Educação de São Paulo em governo Alckmin
Eduardo Braga (MDB), senador, ex-governador do Amazonas, ex-prefeito de Manaus e ex-ministro de Minas e Energia no governo Dilma
Jader Filho, irmão do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), filho do senador Jáder Barbalho (MDB-PA), presidente MDB do Pará
Marta Suplicy, ex-ministra do Turismo de Lula, ex-ministra da Cultura de Dilma, ex-senadora, ex-deputada federal e ex-prefeita de São Paulo
Marcelo Freixo (PSB-RJ), deputado federal
Carlos Amastha (PSB), ex-prefeito de Palmas
Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (SP)
Raí, ex-jogador de futebol
Ana Moser, ex-jogadora de vôlei
Marta Sobral, ex-jogadora de basquete
Eduardo Braga (MDB), senador, ex-governador do Amazonas, ex-prefeito de Manaus e ex-ministro de Minas e Energia no governo Dilma
Jean Paul Terra Prates (PT-RN), senador
Aloizio Mercadante (PT), ex-senador e ex-ministro da Educação, da Casa Civil e da Ciência e Tecnologia de Dilma
Celso Amorim, ex-ministro da área nos governos Lula
Mauro Vieira, diplomata de carreira, ex-embaixador na Argentina e nos Estados Unidos, ex-ministro de Dilma
Maria Luiza Viotti, diplomata de carreira
Marina Silva (Rede), ex-senadora, ex-ministra do Meio Ambiente, deputada federal eleita por São Paulo e reconhecida internacionalmente na área ambiental
Fernando Haddad (PT), ex-ministro da área, cotado também em vários outros postos
Miriam Belchior, engenheira, ex-ministra do Planejamento e ex-presidente da Caixa Econômica Federal, no governo Dilma. Foi casada com Celso Daniel, prefeito de Santo André (SP) assassinado em 2002
Alexandre Silveira (PSD-MG), senador