A partir de 1º de janeiro, o Ceará terá a terceira senadora da história, com a ida de Camilo Santana (PT) para o Ministério da Educação, anunciada nesta quinta-feira, 22. O ex-governador foi eleito para o Senado tendo como suplentes duas mulheres: a deputada estadual Augusta Brito (PT) e Janaína Farias (PT).
Augusta, que é deputada estadual, atuou na transição do governador Elmano de Freitas (PT), nas áreas de Saúde e Cidades. Ela é cotada para um cargo no secretariado do petista, que segue indefinido e tem formação em Enfermagem e Direito, tendo sido prefeita do município de Graça por dois mandatos (2004 e 2008).
Em 2014, foi eleita deputada estadual, sendo reeleita em 2018. A parlamentar foi a primeira mulher líder do Governo na história da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE). Na Casa, atuou na luta em defesa dos direitos das mulheres, da enfermagem, da juventude, da democracia e pelos direitos do povo, do campo e da cidade.
"O Ceará é referência em todo o país nesse quesito (Educação). Sabemos que Camilo muito contribuirá para que, nacionalmente, todas e todos tenham acesso ao ensino público de qualidade. Desejo todo o sucesso nessa nova jornada", publicou Augusta ontem nas redes sociais.
Mesmo que Augusta não assuma o posto no secretariado de Elmano, a segunda suplente também é uma mulher. Janaína Farias foi assessora especial de Camilo Santana durante o mandato dele à frente do governo estadual.
"Muito feliz com a indicação do querido senador Camilo Santana para ser o ministro da Educação. Uma nobre missão pelo bem do nosso país. Fico muito honrada de ter estado ao lado de Camilo ao longo de todos esses anos, e agora nesse momento histórico para nosso Ceará", felicitou Janaína em postagem nas redes.
Esta é a apenas a terceira vez que uma mulher assumirá uma cadeira no Senado representando o Ceará. A primeira foi Alacoque Bezerra entre 1989 e 1990. Ela foi eleita senadora suplente com mais de 1 milhão de votos pela legenda do PDS. No entanto, só assumiu uma cadeira no Senado quando era filiada ao PFL, durante licença do senador José Afonso Sancho.
Outra mulher só voltou ao posto em 2003, quando Patrícia Saboya (PDT) foi eleita com mais de 1,8 milhões de votos. Ela foi a primeira mulher eleita senadora pelo Ceará. Sua área de atuação foi voltada para a defesa de crianças e adolescentes, propondo a ampliação da licença-maternidade.