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Blogueiro cearense Wellington Macedo é acusado de participar de plano com bomba em Brasília
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Blogueiro cearense Wellington Macedo é acusado de participar de plano com bomba em Brasília

Juiz federal aceita denúncia do Ministério Público Federal contra três pessoas, acusadas de organizar um atentado com bomba abortado pela polícia
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Wellington Macedo exibia em eventos políticos a tornozeleira eletrônica, colocada em processo anterior à bomba no caminhão (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Wellington Macedo exibia em eventos políticos a tornozeleira eletrônica, colocada em processo anterior à bomba no caminhão

O blogueiro bolsonarista Wellington Macedo é um dos três réus pela tentativa de atentado ao aeroporto de Brasília no último dia 24 de dezembro. O cearense já tinha sido preso em 2021 pela Polícia Federal, suspeito de articular ato antidemocrático, após divulgar vídeos incentivando a deposição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a invasão do prédio.

O juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal contra, além do cearense, Alan Diego dos Santos Rodrigues e George Washington de Oliveira Sousa. Os três são acusados de envolvimento no plano de instalação de uma bomba próxima a um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília.

O juiz considerou que a peça apresentada pela Promotoria no Distrito Federal preenchia os requisitos previstos no Código de Processo Penal, havendo 'justa causa' para abertura da ação penal contra os acusados. O magistrado também acolheu pedido do Ministério Público e tirou o sigilo que havia sido imposto para 'preservar a investigação'.

No sistema da Justiça, o assunto do processo é registrado como 'crimes do Sistema Nacional de Armas (Sinarm)', com a indicação de 'motivação político-partidária'. Na véspera do Natal, uma bomba foi deixada nas proximidades do aeroporto perto de um caminhão-tanque. O motorista do veículo encontrou o artefato, que foi desativado pela Polícia Militar.

Os réus responderão pelo crime de explosão, quando se expõe "a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos".

Wellington segue foragido, assim como Alan, entre os alvos de mandos de prisão Operação Nero, que apura envolvimento nos ataques à sede da Polícia Federal em 12 de novembro. George Washington de Oliveira Sousa confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto. Com ele, foi apreendido um arsenal com pelo menos duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados. No apartamento, foram encontradas outras cinco emulsões explosivas.

George relatou que, no dia 22 de dezembro, manifestantes do acampamento sugeriram explodir uma bomba no estacionamento do Aeroporto de Brasília. Em seguida, deveriam fazer uma denúncia anônima sobre a presença de outras duas bombas no interior da área de embarque.

Wellington Macedo usa tornozeleira de monitoramento e vinha publicando diversos vídeos no acampamento em frente ao QG do Exército. Ele chegou a pedir dinheiro a seus seguidores para continuar a mobilização em frente ao edifício militar.

No dia do atentado terrorista, no domingo, 8, seu perfil postou que ele "teve que fugir de Brasília para não voltar para a cadeia". Sua conta no Twitter foi derrubada por decisão judicial. O POVO tentou contato com ele por telefone, mas foi informado que a ligação não poderia ser completada. Ele deixou de enviar mensagens no dia 25 de dezembro.

 

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