A deputada federal eleita Fernanda Pessoa (União Brasil) revelou que pretende apoiar o governador Elmano de Freitas (PT) no que diz respeito à atuação na bancada federal cearense.
Do mesmo partido que lançou a candidatura de Capitão Wagner ao governo estadual em 2022, ela disse que, passada a eleição, é hora de olhar para a frente e ressaltou que só por Elmano ter “tirado os Ferreira Gomes” do poder já tem sua disposição.
“Não tenho problema pessoal com o Elmano, foi meu colega como deputado (estadual). Me dou super bem com ele, votei nele para prefeito de Fortaleza quando foi candidato. Nós tínhamos um candidato, mas o povo optou por outro. Agora é olhar para a frente. Só de ele (Elmano) ter tirado os Ferreira Gomes, já estou para apoiá-lo”, declarou ao O POVO.
A parlamentar reforçou que seu apoio durante a eleição era de Capitão Wagner, mas mostrou abertura ao diálogo com o governo do petista no âmbito estadual. “Lógico que queria que meu candidato tivesse ganho, mas não deu. Então vamos trabalhar juntos para o bem do Estado. Temos que conversar, trazer o máximo de recursos e pautas para o Ceará. Minha preocupação maior é aumentar o teto da área da saúde, mas tem questões de saneamento básico. Energias renováveis. É um leque de temas e estamos aí para ajudar”, apontou.
No âmbito federal, Pessoa lembra que ainda não há definição do partido quanto ao posicionamento de base ou oposição ao governo Lula. Embora o União Brasil tenha três ministros indicados para compor o governo federal, ela destacou as questões particulares de cada estado e a realização de uma reunião de bancada como fatores para chegar a uma decisão.
“Estamos aguardando, para o início de fevereiro, uma reunião com toda a bancada do União Brasil, de 59 parlamentares, para que possamos trabalhar essa questão. Temos alguns problemas localizados, como no Ceará, onde o partido teve candidato a governo. Cada estado vai expor sua posição”, projetou. No Ceará, o União Brasil é liderado por Capitão Wagner e por Heitor Freire (vice-presidente), nomes que fazem oposição ao PT.
Apesar da indefinição, a deputada cearense demonstrou certa abertura ao diálogo. “Nosso partido é o União Brasil, então temos que unir o país para o bem dos brasileiros. A eleição passou, foi acirrada e desgastante. Agora precisamos olhar para o Brasil e para o futuro”. Ela informou que ainda não foi procurada por membros do governo Lula para dialogar sobre um eventual apoio, indicando que as conversas devem ficar mesmo para fevereiro. (Vítor Magalhães)