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Os cearenses que chegam a Brasília como alvos de investigações
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Os cearenses que chegam a Brasília como alvos de investigações

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Deputado federal eleito André Fernandes (PL).  (Foto: Aurélio Alves/O POVO)
Foto: Aurélio Alves/O POVO Deputado federal eleito André Fernandes (PL).

Alguns parlamentares cearenses chegam a Brasília pressionados por investigações abertas na Justiça. Dentre eles André Fernandes e Yury do Paredão, ambos do PL.

Nas últimas semanas, Fernandes virou alvo de inquérito relacionado aos atos golpistas registrados em 8 de janeiro por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A investigação apura atuação de parlamentares que teriam incentivado e apoiado os atos. O inquérito foi aberto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República, que cita possíveis crimes de terrorismo, golpe de Estado, associação criminosa, entre outros. Além de Fernandes, outras duas parlamentares, Sílvia Waiãpi (PL) e Clarissa Tércio (PP), são investigadas.

A PGR relatou que o cearense fez publicações chamando para o ato do dia 8 de janeiro e que publicou imagem com a porta de um armário com o nome do ministro Alexandre de Moraes que havia sido arrancada.

Em nota enviada ao O POVO pela assessoria, o parlamentar disse não ter sido notificado formalmente até a semana passada, e que iria se manifestar sobre o caso “quando formalmente notificado”. Fernandes reiterou ainda que faz oposição a Lula “pautando pelo cumprimento das leis e nos limites da Constituição”.

Yury do Paredão, por sua vez, foi alvo de operação da PF em dezembro do ano passado, na esteira de investigação de supostos crimes envolvendo a prefeitura de Ouricuri (PE) a partir de irregularidades em contratos firmados pela gestão municipal com empresas de Pernambuco e do Ceará.

Ao todo, 35 mandados de busca e apreensão - sendo um deles contra Yury - e três prisões preventivas foram cumpridas no caso que corre em segredo de Justiça.

Os alvos são suspeitos de crimes como peculato, fraude, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. À época, o parlamentar confirmou ter respondido a questionamentos feitos pela PF e se colocou “à disposição” para esclarecer quaisquer outras perguntas. “É meu dever dirimir qualquer dúvida que exista por parte das instituições”, declarou após a operação. (Vítor Magalhães)

 

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