De olho em estreitar relações com a Assembleia, Elmano de Freitas (PT) ofereceu nesta sexta-feira, 10, um almoço na residência oficial para os 46 deputados estaduais do Ceará. Apesar de ser aberto a todos os parlamentares, o evento não contou com presença de bolsonaristas nem de dois dos três deputados próximos de Roberto Cláudio (PDT) na Casa.
Na chegada ao evento, o governador classificou o momento como um "almoço de confraternização" entre Governo e Assembleia. "Para a gente conversar, se aproximar. É um primeiro momento, depois nós vamos ter conversas mais políticas como cada deputada e deputada. Hoje é um momento mais informal para trocar uma ideia, bater papo", disse. Pouco mais de 30 dos 46 parlamentares estaduais participaram do encontro.
"Nós passamos um período no país que as pessoas que pensam diferente às vezes têm dificuldade de conviver. E eu acho que é importante que a gente saiba ter relacionamento com quem é da base, da oposição, a gente saber separar o que é divergência política, de projetos, e convivência minimamente civilizada", diz ainda Elmano.
Segundo deputados que conversaram com O POVO, o governador fez uma fala geral se colocando à disposição dos parlamentares para possíveis parcerias em municípios, mas também pediu ajuda na aprovação de matérias de interesse do governo. "Ele falou que iria contar com o parlamento inclusive para melhorar o governo, pediu que a gente apontasse as falhas, para ele melhorar", disse Cláudio Pinho (PDT).
Ex-secretário da gestão José Sarto (PDT), Pinho foi o único dos três deputados estaduais próximos do ex-prefeito Roberto Cláudio a participar do evento. Questionado sobre a ausência de Antônio Henrique (PDT) e Queiroz Filho (PDT), o parlamentar deu de ombros: "Não sei, não me disseram nada, não sei qual era a agenda deles", disse o deputado. "Mas não chegou nem a ter uma reunião, foi só um almoço", completa.
Também não compareceram deputados da ala de oposição da Casa ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou ao secretário da saúde de Maracanaú, Capitão Wagner (UB). Apesar de serem integrantes da oposição, todos esses deputados tiveram credenciais de acesso à residência oficial expedidos pela Casa Militar do governo.