Até o ano passado uma das forças políticas mais coesas do Ceará, o PDT do Estado segue hoje em rota de racha interno entre grupo de defende adesão do partido ao governo Elmano de Freitas (PT) e aqueles que, como o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), preferem que a sigla siga rota de oposição à gestão do petista.
Apesar de lideranças do PDT Ceará afirmarem que ainda não há posição oficial sobre a questão, o prefeito José Sarto (PDT) destaca que a única decisão do partido até agora é de "independência". "O PDT já decidiu liberar, pelo que eu entendi da última reunião que eu participei", disse o prefeito na última sexta-feira, 17.
"O único encaminhamento que foi dado pela direção do partido é de independência", afirma ainda, destacando que a questão foi discutida na última reunião da comissão interna do partido criada para tratar do assunto. O grupo inclui, além de Sarto e Roberto Cláudio, o senador Cid Gomes e o presidente estadual pedetista, André Figueiredo.
Sarto defendeu a tese de que deveria haver contrapartida do PT pelo apoio ao governo Elmano, com os petistas dando suporte à Prefeitura em Fortaleza. Os dois partidos, embora tenham mantido aliança estadual até 2022, romperam na Capital desde a eleição de 2012. Apesar das tratativas, o cenário não mudou e os vereadores do PT mantêm oposição aberta a Sarto.
O PDT fortalezense, por sua vez, é o núcleo que, por enquanto, está praticamente isolado na oposição a Elmano.